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ELEIÇÕES E PANDEMIA

Carreatas e comícios poderão ser proibidos em municípios do Tocantins; entenda

12 outubro 2020 - 17h00

O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou nesta segunda-feira, 12, uma ação eleitoral por violação às normas sanitárias de combate à pandemia da Covid-19, contra partidos e coligações que disputam as eleições em Lajeado, Tocantínia e Miracema do Tocantins.

Pelo menos 20 partidos e coligações que disputam as eleições nesses três municípios promoveram carreatas e comícios neste último final de semana (10 e 11), que geraram aglomerações e colocaram em risco a saúde e a vida das pessoas, contrariando as restrições sanitárias vigentes no Estado do Tocantins. O Decreto Estadual n. 6.072/20 determinou estado de calamidade púbica em decorrência da Covid-19 no Tocantins até o dia 31 de dezembro de 2020.

O promotor eleitoral João Edson de Souza ressaltou que o MPE compartilha do sentimento democrático de todos os candidatos para apresentarem as suas propostas à comunidade, mas o grave cenário epidemiológico deste ano indica aos pleiteantes dos cargos investir em formas mais seguras para realizarem tais atos. “O fato é que, neste ano de 2020, o cenário inviabiliza a realização de quaisquer atos que gerem grandes aglomerações como carreatas e comícios”, reforçou.

O intuito do MPE, segundo o promotor eleitoral, não é buscar a punição dos partidos e coligações que promoveram os eventos registrados neste último final de semana, mas garantir o direito fundamental dos eleitores de participar de um pleito seguro. “Quanto mais atos assim se consumarem, mais à vontade os candidatos e partidos se sentirão para reiterar condutas desse estilo, bem como os grupos políticos que ainda estão respeitando as normas sanitárias passarão a descumpri-las para não se prejudicarem eleitoralmente”, anotou.

O MPE requereu que a Justiça Eleitoral determine, com a antecipação dos efeitos de tutela, a proibição de atos de campanha em forma de carreatas e comícios na 5ª Zona Eleitoral, abarcando os municípios de Lajeado, Tocantínia e Miracema do Tocantins, e que estabeleça multa de R$ 20 mil a partidos e coligações que descumprirem as medidas concedidas em sede de tutela antecipada, convertendo os valores para o Fundo Partidário.