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OPINIÃO

A filosofia de jogo de Tite diante das expectativas da imprensa

17 junho 2020 - 11h22

Diferentemente do que tradicionalmente acontece, a Copa do Mundo de 2022, no Catar, será disputada não no meio do ano, mas sim entre novembro e dezembro. Tal decisão se explica pelas altas temperaturas que se verificam no Golfo Pérsico entre junho e julho, o que tornaria quase que impraticável a realização de eventos esportivos nessa região da Ásia por essa época do ano.

Assim, no momento ainda faltam mais de dois anos para a realização do próximo Mundial entre seleções da FIFA. No entanto, essa longa espera não impede aqueles que buscam desfrutar da experiência de apostas online em futebol de especular, desde já, qual seleção tem mais chances de conquistar aquela que será a primeira Copa do Mundo a ser disputada em um país do Oriente Médio.

Não surpreende que, para esses apostadores, a França, atual campeã mundial, esteja entre as favoritas. No entanto, o que talvez surpreenda alguns torcedores insatisfeitos com o desempenho do Brasil dentro de campo nos últimos anos seja constatar que as chances da seleção brasileira são tão altas quanto as da francesa. Mas mesmo isso, após uma análise fria dos números da equipe treinada por Tite, é facilmente explicável.

Pode-se questionar se o estilo de jogo da seleção é ou não do agrado dos que preferem assistir uma partida de futebol envolvente e empolgante. O que não se pode questionar é a eficiência da equipe que, desde junho de 2016, está sob o comando de Tite: foram 34 vitórias, 10 empates e 4 derrotas, ou seja, um aproveitamento de 77,7%. Além disso, foram 100 gols marcados e apenas 17 gols sofridos nestes 48 jogos até aqui.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Em suma, trata-se de um time com a cara de Tite: eficiente, pragmático e consistente defensivamente. Não é por acaso que o gaúcho de Caxias do Sul se identifica muito mais com o estilo mais sóbrio do italiano Carlo Ancelotti – que atualmente comanda o Everton, da Inglaterra – do que com o estilo de técnicos mais midiáticos, como o português José Mourinho e o espanhol Pep Guardiola.

A questão é que, com o recente sucesso de equipes que apresentam um futebol mais "desembaraçado", como a seleção francesa e os times brasileiros treinados por técnicos estrangeiros – principalmente o argentino Jorge Sampaoli, hoje no Atlético-MG, e o português Jorge Jesus, desde o ano passado no comando do Flamengo –, tanto os torcedores quanto a imprensa estão cada vez menos inclinados a aceitar um futebol meramente “eficiente”.

Esse é um contexto muito diferente do de quatro anos atrás, quando era quase que unânime a visão de que Tite seria a pessoa perfeita para implementar aquele que parecia o modelo a se seguir dali em diante dentre de campo: um futebol de linhas compactas, intenso e que prezasse a posse de bola, exatamente como foi o estilo da seleção alemã campeã da Copa do Mundo de 2014.

No entanto, o que se exige agora é que o mais “italiano” dos técnicos brasileiros saiba se “abrasileirar” um pouco mais. Não parece muito plausível esperar que Tite – por mais estudioso e diplomático que seja – mude radicalmente sua filosofia de jogo a fim de atender tais demandas. Resta saber se toda a eficiência apresentada pelo Brasil bastará para mantê-lo no cargo até o fim de 2022.

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