Esta teoria vem de uma interpretação incorreta de um estudo submetido ao órgão regulador japonês. O estudo envolveu dar a ratos uma dose muito maior da vacina do que a humanos (1.333 vezes maior).
Apenas 0,1% da dose total foi parar nos ovários dos animais, 48 horas após a aplicação do imunizante. Muito mais 53% após uma hora e 25% após 48 horas foi encontrado no local da injeção (em humanos, geralmente o braço). O outro local mais comum é o fígado (16% após 48 horas), que ajuda a nos livrar dos resíduos no sangue.
A vacina é administrada por meio de uma bolha de gordura que contém o material genético do vírus, que ativa o sistema imunológico do corpo.
E aqueles que divulgam esta alegação escolheram a dedo um dado que, na verdade, se referia à concentração de gordura encontrada nos ovários. Os níveis de gordura nos ovários aumentaram 48 horas após a aplicação da vacina, à medida que o conteúdo da vacina se movia do local da injeção para outras partes do corpo.
Mas, essencialmente, não havia evidências de que ainda continham o material genético do vírus. Não sabemos o que aconteceu após 48 horas, pois esse foi o limite do estudo.