A presidente Dilma Rousseff determinou nesta quarta-feira, dia 25, a suspensão da produção e distribuição do "kit anti-homofobia" em planejamento no Ministério da Educação, e estabeleceu que todo material do governo que se refira a "costumes" passe por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.
De acordo com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Dilma considerou o material do MEC "inadequado" e o vídeo "impróprio para seu objetivo".
O MEC nega que o kit e os vídeos que vazaram na internet tenham sido aprovados pelo Ministério. Eles teriam sido produzidos por ONGs que prestam serviços à pasta e estariam em avaliação. O órgão afirmou também que o material nunca foi destinado a crianças, não incluía a distribuição de cartilhas e não seria de uso obrigatório das escolas. Ele teria como destino apenas as escolas de Ensino Médio que escolhessem por recebê-lo caso estivessem sofrendo situações de bullying entre seus alunos.
A bancada evangélica do Congresso Nacional, composta por 74 deputados, tendo a frente Jair Bolsonaro (PP-RJ), fez campanha contra o Kit. Para eles, o material seria "um estímulo ao homossexualismo" .
Em nota enviada a imprensa nesta tarde, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou a posição de Dilma e afirmou: "Se a presidenta optar por ceder à chantagem --não há outro nome-- dos inimigos da cidadania plena, fazendo de seu mandato um lamentável estelionato eleitoral, só me resta esperar que, na próxima eleição, os LGBTs e pessoas de bom senso despertem sua consciência política e lhe apresentem também sua fatura: não voto!" (Com informações da Folha de São Paulo)