Responsável pela captação da água para fazer girar a turbina e gerar energia, a Tomada d’Água da Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito) foi concluída e tem parte dela já ocupada pelas águas do reservatório. Formada por paredes de concreto, a estrutura acomoda os jogos de stop logs (comportas de manutenção) das oito unidades geradoras de energia no empreendimento do Consórcio Estreito Energia (Ceste).
Localizada na margem direita da obra (Estreito-MA), a Tomada d’Água é dividida em 24 vãos (três para cada unidade geradora) e além dos stop logs, também abriga as grades de proteção das turbinas, que possuem malha de 10cmx10cm. Essas grades impedem a entrada de detritos na máquina, que tem capacidade de produzir, cada uma, 135,87MW. A Tomada d’ Água possui 358,50 metros de comprimento e 40 metros de altura.
“A função principal dessa enorme estrutura é manter o abastecimento de água para operação da turbina e a sua geração de energia”, explica o gerente geral do canteiro de obras do Ceste, Adalberto Rodrigues. Ele acrescenta que antes da Tomada d’Água ser ocupada pelas águas do Rio Tocantins, foram feitos os testes de vedação das comportas stop logs. Só depois de concluídos, a ensecadeira (estrutura provisória de terra utilizada para conter a água) que protegia a construção foi retirada.
Unidades Geradoras
Outra importante estrutura que tem suas obras em ritmo avançado é a Casa de Força, onde ficarão localizadas as unidades geradoras. Na usina de Estreito, as oito turbinas são do tipo Kaplan (instaladas na posição vertical) e juntas terão potência instalada de 1.087 MW.
Depois de passar pelo teste denominado Run-Out (teste de giro a seco da turbina), a Unidade Geradora 01 começou a ser fechada. Adalberto Rodrigues esclarece que o procedimento é necessário para que seja possível ver se está tudo certo com a montagem mecânica, alinhamento e a verticalidade da máquina, por exemplo. “Os resultados foram os esperados”, completa o gerente acrescentando ainda que a primeira unidade geradora, inicialmente passará por uma etapa de operação assistida e, somente após essa etapa, é que ela entrará definitivamente em operação comercial.
Após fazer a turbina girar, a água será devolvida para o leito normal do rio Tocantins. A energia produzida nos geradores será direcionada para a subestação localizada dentro do canteiro de obras da usina, que será transmitida por cerca de 140 km de linhas de transmissão até a subestação de Imperatriz. De lá, a energia produzida na usina de Estreito será distribuída aos consumidores por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A montagem das outras unidades geradoras de energia da UHE Estreito também está em andamento. O Consórcio Estreito Energia - hoje formado por GDF Suez/ Tractebel Energia (40,07%), Vale (30%), Alcoa (25,49%) e Camargo Corrêa (4,44%) - prevê que ainda neste trimestre o SIN comece a ser abastecido com a energia gerada entre os estados do Maranhão e Tocantins. (Fonte: Assessoria de Imprensa UHE Estreito)