PRISÃO, BUSCA E APREENSÃO

Operação da PF apura rede clandestina que vazava decisões judiciais no Tocantins

18 MAR 2025 • POR Da Redação • 08h21
Prédio da Polícia Federal em Palmas. - Foto: Djavan Barbosa/Jornal do Tocantins

Nesta terça-feira (18), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para apurar um esquema de vazamento de decisões judiciais. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro ordens de busca e apreensão. A ação é um desdobramento da Operação Sisamnes, que investiga crimes como obstrução de justiça e corrupção.

ALVOS DA INVESTIGAÇÃO

Um dos investigados é um advogado que atua como assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins (MPTO) lotado no gabinete de um Procurador de Justiça. Os mandados estão sendo cumpridos na sede do órgão, em Palmas, e em endereços ligados aos suspeitos. A decisão foi autorizada pelo ministro do STF, Cristiano Zanin.

A operação investiga a participação de advogados, lobistas, empresários, assessores e até magistrados no suposto esquema. Além dos mandados, medidas como afastamento de funções públicas, proibição de contato e recolhimento de passaportes foram determinadas.

INFORMAÇÕES SIGILOSAS

A PF identificou uma rede clandestina que monitorava, vendia e repassava informações sigilosas sobre investigações sensíveis. Esses vazamentos atrapalhavam o andamento de operações policiais.

MORTE DE ADVOGADO

O caso começou a ser investigado em 2023, após a análise de mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. As conversas indicavam uma suposta compra de sentenças. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acionou a PF para apurar o caso.