ALERTA NAS ESCOLAS

Brincadeira perigosa entre estudantes circula na internet e pode levar à morte

3 JUN 2025 • POR Da Redação • 10h30
Apesar de parecer inofensiva para quem participa ou assiste, essa ação é perigosa e pode ter efeitos graves e até fatais. - Divulgação

Um vídeo que circula nas redes sociais tem causado preocupação entre pais, educadores e profissionais da saúde. Nele, estudantes aparecem encostados em uma parede enquanto colegas comprimem com força o peito deles até que desmaiem por alguns segundos. A prática, que muitos adolescentes veem como uma “brincadeira”, é extremamente arriscada e pode causar sérias consequências à saúde.

O QUE É A “BRINCADEIRA DO DESMAIO”

Conhecida também como “jogo da asfixia”, essa prática consiste em interromper temporariamente o fluxo de oxigênio para o cérebro com o objetivo de provocar desmaios ou sensações de vertigem. Isso pode ser feito de várias formas: pela compressão do peito, estrangulamento com as mãos ou até com a hiperventilação forçada seguida de apneia.

Apesar de parecer inofensiva para quem participa ou assiste, essa ação é perigosa e pode ter efeitos graves e até fatais.

QUAIS SÃO OS RISCOS?

Especialistas alertam que, ao cortar o fornecimento de oxigênio ao cérebro, há risco real de:
    •    Paradas cardíacas ou respiratórias
    •    Convulsões e traumatismos cranianos devido à queda
    •    Danos cerebrais permanentes
    •    Morte súbita, mesmo na primeira tentativa

Essas consequências podem acontecer mesmo com pessoas aparentemente saudáveis. O risco aumenta com a repetição ou quando os envolvidos não sabem como agir em caso de emergência.

POR QUE ADOLESCENTES ENTRAM NESSA?

O envolvimento em práticas perigosas como essa pode ter diversas motivações: a pressão dos colegas, o desejo de se enturmar, a busca por adrenalina ou até a curiosidade em experimentar algo “diferente”. O problema é que muitos adolescentes não têm consciência dos riscos e tratam o ato como uma simples brincadeira.

O QUE PAIS E ESCOLAS DEVEM FAZER

A melhor forma de evitar que essa prática se espalhe é por meio da informação e do diálogo. Veja algumas orientações:
    •    Converse com os adolescentes sobre os riscos reais da brincadeira
    •    Explique o que acontece com o corpo ao interromper a respiração
    •    Fique atento a comportamentos estranhos, dores de cabeça, tonturas ou marcas no pescoço
    •    Estimule a denúncia anônima nas escolas para prevenir novos casos
    •    Promova rodas de conversa e palestras sobre segurança e saúde

A IMPORTÂNCIA DE AGIR RÁPIDO

Casos como esse reforçam a necessidade de escolas e famílias se manterem vigilantes. O acesso irrestrito às redes sociais e aos desafios virais faz com que comportamentos perigosos se espalhem com facilidade. Quanto mais cedo o assunto for tratado com clareza e seriedade, menores os riscos para os jovens.