MUDANÇA NA FÓRMULA

Coca-Cola troca xarope por açúcar da cana após pressão de Trump

23 JUL 2025 • POR Da Redação • 20h02
Segundo os especialistas, não há benefício real na mudança. A composição continua carregada de açúcar, sódio e aditivos. - Imagem Ilustrativa

A Coca-Cola anunciou que vai substituir o xarope de milho por açúcar da cana na fórmula vendida nos Estados Unidos. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (22/7), após pressão do presidente Donald Trump, que quer incentivar o uso de produtos da agricultura americana.

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DEBATE SOBRE SAÚDE 

Apesar da mudança, especialistas afirmam que, do ponto de vista nutricional, a substituição não traz grandes vantagens para o consumidor.

Tanto o xarope de milho quanto o açúcar da cana são formas de açúcar simples. Ambos são calóricos e têm pouco valor nutricional.

O xarope, especialmente o de alta frutose (HFCS), tende a ser mais processado e pode aumentar os riscos de resistência à insulina, acúmulo de gordura abdominal e problemas cardíacos.

PERIGO ESTÁ NA QUANTIDADE

Segundo os nutricionistas, o impacto dos dois tipos de açúcar, quando consumidos em excesso, é bastante semelhante. Ambos favorecem obesidade, diabetes tipo 2 e distúrbios metabólicos.

FRUTOSE NATURAL E ISOLADA 

O problema não está na frutose em si, mas na forma como ela chega ao organismo. A frutose das frutas vem acompanhada de fibras, vitaminas e antioxidantes, que ajudam na digestão. Já a presente no xarope de milho é isolada e pode sobrecarregar o fígado.

VAI MUDAR O SABOR?

A substituição do ingrediente pode alterar o sabor da Coca-Cola, mesmo que de forma sutil.
No Brasil, onde o açúcar da cana já é usado, o sabor da bebida é ligeiramente diferente da versão americana.

CONTINUA SENDO REFRIGERANTE 

Mesmo com a nova fórmula, os riscos à saúde permanecem. Nutricionistas reforçam que refrigerantes são produtos ricos em açúcar livre e sem valor nutricional. A recomendação segue a mesma: consumir menos refrigerante e mais água.

NOVA FÓRMULA VELHOS PROBLEMAS 

Segundo os especialistas, não há benefício real na mudança. A composição continua carregada de açúcar, sódio e aditivos.

Ou seja, a troca agrada ao agronegócio, mas não muda o impacto no corpo.

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