Cientistas apontam relação entre adoçante popular e maior risco de AVC
24 JUL 2025 • POR Da Redação • 09h57
Um estudo da Universidade do Colorado, publicado no Journal of Applied Physiology, aponta que o eritritol, um dos adoçantes mais utilizados para substituir o açúcar, pode danificar as células cerebrais e aumentar o risco de AVC (acidente vascular cerebral).
EFEITO NOS VASOS SANGUÍNEOS
Os cientistas observaram que o adoçante provoca aumento de uma proteína que contrai os vasos sanguíneos do cérebro e reduz compostos naturais que ajudam a dissolver coágulos sanguíneos. “Se os vasos estiverem mais contraídos e a capacidade de decompor coágulos for reduzida, o risco de AVC aumenta”, explicou Auburn Berry, autor principal da pesquisa.
PRUDÊNCIA NO CONSUMO
Apesar de os testes terem sido realizados em laboratório, os pesquisadores recomendam cautela no consumo de produtos industrializados com eritritol. “Acreditamos que seria prudente que as pessoas monitorassem seu consumo de adoçantes não nutritivos”, disse Christopher DeSouza, líder do estudo.
ESPECIALISTAS PEDEM MAIS PESQUISAS
A neurologista Eva Rocha, da Rede Brasil AVC, reforça que ainda são necessários novos estudos para avaliar a quantidade segura de consumo. “A princípio, o ideal seria deixar de consumir o adoçante”, alerta.
COMO PREVENIR UM AVC
Segundo Eva Rocha, algumas ações podem reduzir em até 30% o risco de AVC, como:
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Praticar atividade física regular
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Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool
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Manter alimentação saudável, com legumes e grãos integrais
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Controlar pressão arterial, colesterol e diabetes
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Dormir entre 7 e 8 horas por noite