"COLAPSO INVESTIGATIVO"

Justiça dá 15 dias para governo explicar crise na Polícia Civil do Tocantins

8 AGO 2025 • POR Da Redação • 08h20
A decisão liminar acata parcialmente o pedido do MInistério Público do Tocantins (MPTO) sobre a suposta crise estrutural na Polícia Civil - Luiz de Castro

O juiz Roniclay Alves de Morais, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Palmas, determinou que o Estado do Tocantins apresente, no prazo de 15 dias, um relatório detalhado sobre a situação da Polícia Civil. A decisão liminar atende parcialmente a uma ação do Ministério Público do Tocantins (MPTO), que aponta colapso estrutural na corporação.

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O relatório deverá conter:

A Secretaria da Segurança Pública informou que ainda não foi notificada da decisão judicial.

COLAPSO INVESTIGATIVO

Na ação, o MPTO denuncia um déficit de mais de 1.200 servidores na Polícia Civil, além de falhas graves em laudos periciais e a ausência de médicos especialistas. O órgão classificou a situação como um “colapso investigativo documentado”.

Cinco delegacias estão totalmente fechadas nos municípios de Abreulândia, Marianópolis, Divinópolis, Monte Santo e Pugmil, segundo o Ministério Público.

O juiz reconheceu a gravidade dos fatos, mas destacou que a atuação do Judiciário sobre políticas públicas deve ocorrer com cautela, para não violar a separação dos poderes.

CONCURSO É UMA DAS PRINCIPAIS DEMANDAS

O MPTO pediu à Justiça que obrigasse o governo a iniciar, sob monitoramento judicial, a preparação de um concurso público. Entre os pedidos da ação estão:

Apesar da gravidade apontada, o juiz afirmou que qualquer medida mais dura — como reabertura imediata de unidades ou credenciamentos emergenciais — ainda depende de manifestação do Estado e contraditório no processo.