24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpe do PIX ou boleto falso
14 AGO 2025 • POR Da Redação • 17h40
Uma pesquisa Datafolha, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes do PIX ou boletos falsos. O levantamento ouviu 2.007 pessoas de 16 anos ou mais, em 130 municípios, entre 2 e 6 de junho.
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CRESCIMENTO DOS CRIMES VIRTUAIS
O estudo aponta que 14% dos entrevistados sofreram esse tipo de fraude — número que era de 10% em 2024. O prejuízo total estimado chega a R$ 29 bilhões, com perda média de R$ 1.198 por vítima. Esses crimes superam a incidência de outros delitos patrimoniais, como roubo ou furto de celular, assaltos em geral e circulação de dinheiro falso.
NÚMEROS DO LEVANTAMENTO
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Golpes do PIX ou boleto falso: 14% (24 milhões de pessoas)
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Roubo ou furto de celular: 9% (15,7 milhões)
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Roubo ou assalto em geral: 11% (18,7 milhões)
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Recebeu notas falsas: 10% (16 milhões)
Segundo a pesquisa, 37% das vítimas de golpes virtuais estão nas classes A e B, enquanto 22% pertencem às classes C, D e E.
MAIOR IMPACTO ENTRE QUEM TEVE CELULAR ROUBADO
A pesquisa mostra que quem teve o celular roubado ou furtado tem quase quatro vezes mais chances de cair em golpes do PIX ou boletos falsos. Entre essas vítimas, a incidência é de 35,1%, reforçando que o roubo do aparelho vai além do valor do bem, já que os criminosos utilizam os dados pessoais acessados no dispositivo.
PERFIL DAS VÍTIMAS POR FAIXA ETÁRIA
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Idosos com 60 anos ou mais: 11% foram vítimas de fraudes bancárias.
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Jovens de 16 a 24 anos: 23% sofreram golpes em compras online ou pelas redes sociais que não foram entregues (média nacional é de 18%).
CHANTAGENS E AMEAÇAS COM DADOS VAZADOS
O levantamento aponta que 19% dos brasileiros (32 milhões de pessoas) sofreram ameaças ou chantagens relacionadas a dados pessoais ou de familiares, o que representa 5,4 mil vítimas por hora. Apesar de nem sempre resultar em prejuízo financeiro, as perdas estimadas chegam a R$ 24,4 bilhões.
OUTROS CRIMES REGISTRADOS
Entre julho de 2024 e junho de 2025, cerca de 46,4 milhões de brasileiros receberam contatos por ligação ou mensagem de supostas centrais de segurança.