Estudo indica que gatos podem abrir caminho na luta contra Alzheimer
18 AGO 2025 • POR Da Redação • 10h21
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo descobriram que gatos idosos com sintomas de demência apresentam acúmulo de beta-amiloide no cérebro. Essa proteína tóxica está associada à doença de Alzheimer em humanos.
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FELINOS COMO MODELO NATURAL
O achado, publicado no European Journal of Neuroscience, indica que os felinos podem servir como um “modelo natural” para estudar a demência e desenvolver tratamentos que beneficiem tanto pessoas quanto animais.
DETALHES DO ESTUDO
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O exame post-mortem de 25 gatos revelou depósitos de beta-amiloide nas sinapses, estruturas responsáveis pela transmissão de informações entre neurônios.
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A degradação dessas conexões está ligada à perda de memória e ao comprometimento do raciocínio.
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Os pesquisadores também observaram sinais de “poda sináptica” anormal, em que células de suporte cerebral (astrócitos e microglia) eliminam sinapses, agravando a deterioração cognitiva.
IMPLICAÇÕES PARA O FUTURO
Segundo o Dr. Robert McGeachan, líder do estudo, as semelhanças entre gatos e humanos são “impressionantes” e abrem caminho para testar terapias promissoras.
A professora Danielle Gunn-Moore destaca que a descoberta também poderá melhorar o diagnóstico e o tratamento da demência felina, protegendo o bem-estar de animais e tutores.
ÉTICA E PESQUISAS FUTURAS
O estudo utilizou apenas cérebros de gatos já falecidos, o que o grupo PETA considerou ético. A entidade, no entanto, se opõe a testes futuros em animais vivos.
A pesquisa contou com apoio da Wellcome, do Instituto de Pesquisa em Demência do Reino Unido e de instituições britânicas e americanas.