IMPROBIDADE

Justiça do Tocantins condena médico do HGP que recebia salário morando em Miami

18 AGO 2025 • POR Da Redação • 19h21
Caso ocorreu entre 2012 e 2013 e teria contado com o aval dos ex-gestores - Divulgação

A Justiça do Tocantins condenou o médico Neymar Cabral de Lima, além da ex-secretária de Saúde Vanda Maria Gonçalves Paiva e do ex-diretor técnico do Hospital Geral de Palmas (HGP), Atil José de Souza, por improbidade administrativa. O caso ficou conhecido como o de “funcionário fantasma”.

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De acordo com a sentença, Cabral recebia salários do Estado mesmo residindo em Miami, nos Estados Unidos, entre 2012 e 2013. Apesar da ausência, seus superiores atestavam a frequência normalmente.

PREJUÍZO AOS COFRES PÚBLICOS PASSA DE R$ 1 MILHÃO

O prejuízo estimado aos cofres públicos foi de R$ 275 mil, referentes a sete meses de salários pagos sem contraprestação laboral. O valor deverá ser devolvido integralmente pelo médico. Além disso, foi aplicada multa civil do mesmo montante, a ser paga solidariamente pelos três condenados.

Com correções e juros, a dívida ultrapassa R$ 1 milhão em 2025.

PENAS APLICADAS PELA JUSTIÇA

O juiz Roniclay Alves de Morais, da 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, determinou as seguintes sanções:

REGISTRO NO CADASTRO NACIONAL DE CONDENADOS

Os três condenados terão seus nomes incluídos no Cadastro Nacional de Condenados por Improbidade Administrativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Tribunal Regional Eleitoral também será comunicado para as medidas cabíveis.

“FUNCIONÁRIO FANTASMA” É PRÁTICA RECORRENTE

Segundo o juiz, o caso representa um exemplo clássico de “funcionário fantasma”, em que servidores recebem salários sem trabalhar, com aval de superiores. A prática, destacou o magistrado, fere os princípios da legalidade e da moralidade da administração pública.