FRAUDE BILIONÁRIA

CPMI do INSS começa com mais de 900 pedidos; escândalo envolve bilhões

26 AGO 2025 • POR Da Redação • 08h34
Ex-ministro da Previdência Carlos Lupi e Wolney Queiroz, que era o número 2 da pasta e assumiu o cargo - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados; Vinicius Loures / Câmara dos Deputados/Divulgação

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza nesta terça-feira (26) sua primeira sessão. A pauta já acumula 910 requerimentos à espera de votação.

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INVESTIGAÇÃO APURA R$ 6,3 BILHÕES EM FRAUDES

A CPMI foi instalada na semana passada para apurar fraudes em benefícios do INSS. De acordo com a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), os desvios podem chegar a R$ 6,3 bilhões. O esquema envolvia descontos mensais em aposentadorias e pensões sem autorização.

Grande parte dos pedidos é para convocar pessoas ligadas ao escândalo revelado em abril pela PF e CGU. Entre eles, parlamentares pediram a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer, além do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

PRINCIPAIS ALVOS DA CPMI

O nome com mais pedidos é Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, com 15 solicitações para ser ouvido, além de pedidos de quebra de sigilo bancário e análise pelo Coaf.
Outros nomes citados:

NÚMEROS DOS REQUERIMENTOS

VAGA DE VICE-PRESIDÊNCIA SEGUE EM ABERTO

A comissão ainda vai escolher o vice-presidente. O nome mais cotado é o do deputado Marcel van Hatten (Novo-RS), mas não há consenso. O governo estuda indicar Duarte Jr. (PSB-MA) como alternativa.

DURAÇÃO E FOCO DAS INVESTIGAÇÕES

A CPMI terá prazo inicial de seis meses, prorrogável, e conta com 32 membros titulares. A investigação pode ser ampliada para fraudes em empréstimos consignados.

IMPACTO POLÍTICO

A oposição pretende usar a comissão para desgastar o governo Lula. Já governistas querem associar as fraudes ao período do governo Bolsonaro. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que o objetivo é esclarecer os fatos e evitar novos desvios.