CRIME BRUTAL

Justiça condena ex-marido por matar professora atropelada e com golpes de facão

2 SET 2025 • POR Da Redação • 20h27
Maria Carmelita Sales da Silva, de 66 anos, morreu após ser internada por ferimentos - Divulgação

João Batista de Sousa Lima foi considerado culpado por homicídio qualificado e condenado a 16 anos e seis meses de prisão por matar a ex-esposa, Maria Carmelita Sales da Silva, de 66 anos, em Araguacema, região noroeste do Tocantins. O crime foi classificado como feminicídio.

Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.

DETALHES DO CRIME

O caso ocorreu em 2 de agosto de 2024. João não aceitava o fim do relacionamento de quatro anos com Maria Carmelita. Segundo apurado, ele jogou o carro sobre a professora enquanto ela andava de bicicleta pela rua.

Após a vítima cair, o homem desceu do veículo e a golpeou com um facão diversas vezes. Maria Carmelita foi socorrida, ficou internada, mas morreu em 19 de agosto do ano passado.

João ainda tentou tirar a própria vida após o ataque e foi hospitalizado. Depois do atendimento médico, foi preso. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva, e ele permaneceu na Unidade Penal de Paraíso.

TRIBUNAL DO JÚRI E PENA

O Tribunal do Júri ocorreu nesta terça-feira (2), presidido pelo juiz Marcelo Eliseu Rostirolla. A sentença determina que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado, considerando que o crime foi cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima.

O magistrado destacou que o acusado agiu motivado pelo inconformismo com o término do relacionamento, manifestando sentimento de posse e domínio, reforçando padrões de dominação masculina e caracterizando violência de gênero.

DEFESA E RECURSO

A defesa informou que pretende recorrer da dosimetria da pena. João confessou o crime e se mostrou arrependido, mas, segundo a sentença, não terá direito de recorrer em liberdade.