Wanderlei diz que afastamento é "medida precipitada" e que vai recorrer da decisão
3 SET 2025 • POR Da Redação • 10h43
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) por seis meses, no contexto da segunda fase da Operação Fames-19. A medida também atinge a primeira-dama, Karynne Sotero.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Durante o período, o cargo será assumido temporariamente pelo vice-governador Laurez Moreira (PSD).
POSICIONAMENTO DE WANDERLEI BARBOSA
Em nota, o governador afirmou receber a decisão “com respeito às instituições”, mas classificou a medida como precipitada. Ele destacou que os pagamentos de cestas básicas sob investigação ocorreram entre 2020 e 2021, período em que atuava como vice-governador e não era ordenador de despesas.
Barbosa ressaltou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) realizaram auditoria sobre os contratos e encaminharam todas as informações às autoridades competentes.
RECURSO JUDICIAL
O governador anunciou que recorrerá da decisão. “Acionarei os meios jurídicos necessários para reassumir o cargo de Governador do Tocantins, comprovar a legalidade dos meus atos e enfrentar essa injustiça, assegurando a estabilidade do Estado e a continuidade dos serviços à população”, afirmou.
INVESTIGAÇÃO DA OPERAÇÃO FAMES-19
A Operação Fames-19 apura suspeitas de desvio de recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia da Covid-19. Segundo a Polícia Federal, entre 2020 e 2021 foram pagos R$ 97 milhões em contratos de cestas básicas e frangos congelados, com prejuízo estimado em mais de R$ 73 milhões aos cofres públicos.