PLACAR PARCIAL

Dino vota para condenar Bolsonaro e mais 7 por golpe de Estado

9 SET 2025 • POR Da Redação • 20h59
Julgamento será retomado nesta quarta; faltam os votos de três ministros - Divulgação

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de participação em uma trama golpista. Com o posicionamento, a Primeira Turma da Corte formou placar de 2 a 0 pela condenação.

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MORAES E DINO PELO SIM

O relator do caso, Alexandre de Moraes, já havia votado pela condenação, afirmando que os acusados integraram o núcleo central da tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Dino acompanhou Moraes, mas defendeu penas menores para Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, por entender que tiveram participação secundária na trama.

CRIMES IMPRESCRITÍVEIS

Em seu voto, Dino ressaltou que crimes contra o Estado Democrático de Direito não prescrevem e não podem ser objeto de anistia ou indulto.

"Não cabe falar em extinção da punibilidade", afirmou.

O ministro destacou ainda que a Constituição precisa estar preparada para enfrentar ameaças internas:

"Ela surge para evitar os cavalos de Tróia, pelos quais, no uso das liberdades democráticas, se introduzem vetores de destruição dela própria".

AS PROVAS CITADAS POR MORAES

Ao justificar seu voto, Moraes apresentou uma cronologia de fatos que, segundo ele, comprovam a tentativa de golpe:

"Estamos esquecendo que o Brasil quase voltou a uma ditadura de 20 anos porque um grupo político não soube perder as eleições", disse Moraes.

PRÓXIMOS PASSOS

O julgamento ainda precisa dos votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Turma. A expectativa é que a análise seja concluída até sexta-feira (12).

Com cinco ministros no colegiado, bastam três votos para que a maioria pela condenação esteja confirmada.

CRIMES APONTADOS PELA PGR

A Procuradoria-Geral da República denunciou Bolsonaro e os demais réus por cinco crimes: