FAMÍLIA DENUNCIOU

Golpistas usam nome de médico para cobrar exames de paciente do SUS no TO

16 SET 2025 • POR Da Redação • 17h40
Família informou que vai registrar boletim de ocorrência - Reprodução

Uma família de Palmas viveu momentos de tensão após receber mensagens de um suposto médico que cobrava dinheiro para a realização de exames em uma paciente idosa internada em um hospital particular pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O caso foi descoberto a tempo, evitando o golpe.

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TENTATIVA DE GOLPE

A servidora pública Kézia Reis, filha da paciente dona Enedina, contou que diariamente recebe boletins médicos sobre o estado de saúde da mãe. Porém, na sexta-feira (12), um homem entrou em contato por aplicativo de mensagens se passando por um cardiologista. Ele alegava que a paciente precisava de um exame urgente, não disponível pelo SUS, e solicitava transferência via Pix.

Segundo Kézia, o criminoso chegou a apresentar dados reais sobre o quadro clínico da mãe, o que fez a família acreditar inicialmente. A farsa foi descoberta quando o golpista passou a insistir no pagamento.

USO DE IDENTIDADE DE MÉDICO REAL

Para dar credibilidade, os criminosos utilizaram a foto e o nome de um médico cardiologista que atua no Rio Grande do Sul, mas que não tem relação com hospitais do Tocantins. A própria família entrou em contato com o consultório do profissional e confirmou que sua imagem estava sendo usada indevidamente.

ALERTA 

Após relatar o ocorrido, a família foi informada pelo hospital que se tratava de golpe. A unidade passou a divulgar alertas para orientar pacientes e familiares.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) também reforçou que informações de prontuários são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que o SUS não cobra por exames, consultas, cirurgias ou internações.

Íntegra da nota da SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que os prontuários dos pacientes acolhidos no Sistema Único de Saúde (SUS) são resguardados pela Lei de Proteção de Dados (LGPD) e pela resolução n.º 1.638/2002, do Conselho Federal de Medicina (CFM) e somente a equipe assistencial, os pacientes e os familiares que os representam são autorizados a ter acesso. Todas as equipes assistenciais estaduais são devidamente orientadas sobre a regulamentação.

A SES-TO destaca que em todas as unidades sob sua gestão há cartazes com alertas para a população, sobre a não cobrança de valores por exames, consultas, cirurgias, internações e demais serviços ofertados.

A SES-TO pontua que em casos de tentativas de extorsão, a orientação é o registro de boletim de ocorrência junto às autoridades policiais e a denúncia na Ouvidoria do SUS, um canal seguro, para relatos de queixas e elogios a respeito dos serviços e acolhimentos recebidos nas unidades sob sua gestão. Os contatos são: (63) 3027-4340 e (63) 99932-0531 e e-mails: ouvidoria@saude.to.gov.br e ouvidoria.sus.to@gmail.com . As denúncias podem ser feitas de forma sigilosa e para todas elas, são abertos processos investigativos e tomadas as medidas legais cabíveis.

COMO DENUNCIAR

A SES orienta que casos semelhantes sejam denunciados por meio de boletim de ocorrência na Polícia Civil e também à Ouvidoria do SUS, que atende pelos números (63) 3027-4340 e (63) 99932-0531 ou pelos e-mails ouvidoria@saude.to.gov.br e ouvidoria.sus.to@gmail.com.