Araguaína terá R$ 1,1 milhão por ano para assistência a pessoas com TEA
22 SET 2025 • POR Da Redação • 13h21
Na semana do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado neste domingo (21), o Ministério da Saúde anunciou novas ações voltadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para o Tocantins, o governo federal destinou R$ 1,1 milhão ao fortalecimento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD).
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Os recursos serão usados para habilitar o Centro Especializado de Reabilitação (CER) de Araguaína e custear dois veículos adaptados para transporte sanitário no município. As medidas integram o programa Agora Tem Especialistas.
AMPLIAÇÃO NACIONAL
Em todo o Brasil, o investimento chega a R$ 72 milhões, distribuídos entre 71 novos serviços da RCPD em 18 estados e no Distrito Federal. O pacote inclui a habilitação de 23 CERs, custeio adicional de 20% para outros 33 centros, 15 veículos adaptados e a ampliação de serviços já existentes. Atualmente, o país conta com 326 unidades e mais de R$ 975 milhões em repasses anuais.
NOVOS CENTROS DE REABILITAÇÃO
O governo federal também anunciou a construção de 23 novos CERs com recursos do Novo PAC Saúde, totalizando R$ 207 milhões. Esses centros terão ambientes projetados para atender pessoas com TEA, como salas multissensoriais e jardins terapêuticos.
NOVA LINHA DE CUIDADO PARA O TEA
A principal inovação é a criação da primeira linha nacional de cuidado para o autismo. O documento orienta desde o rastreamento precoce de sinais entre 16 e 30 meses de idade até o encaminhamento para serviços especializados.
O diagnóstico precoce será apoiado pela aplicação do M-Chat, questionário de triagem já integrado à Caderneta Digital da Criança e ao prontuário eletrônico do SUS. O objetivo é iniciar intervenções antes mesmo da confirmação do diagnóstico.
SUPORTE ÀS FAMÍLIAS
Outro destaque é o fortalecimento do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que garante planos de tratamento individualizados. Além disso, será implementado um programa de treinamento de habilidades para cuidadores, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para apoiar famílias e reduzir estigmas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a prioridade é o diagnóstico precoce: “O esforço é para que os cuidados e intervenções ocorram o mais cedo possível, garantindo autonomia e inclusão”.