Justiça condena quatro réus pelo sequestro e morte de pecuarista em Araguaína
25 SET 2025 • POR Da Redação • 08h17
Quatro pessoas foram condenadas pela morte de Carloan Martins Araújo, de 62 anos, ocorrida em outubro de 2024 em Araguaína. As penas somadas ultrapassam 170 anos de prisão. O pecuarista foi sequestrado, torturado, assassinado e enterrado em uma cova rasa no quintal de uma residência no setor Jardim Mangabeira.
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A decisão foi assinada pelo juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, da 1ª Vara Criminal de Araguaína, no dia 22 de setembro de 2025, e cabe recurso. Um quinto réu foi absolvido por falta de provas, e um sexto suspeito segue foragido.
CONDENADOS E PENAS
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Aleksandro José da Conceição – 38 anos e 7 meses por latrocínio, extorsão mediante sequestro e ocultação de cadáver;
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Lucas Ferreira de Brito – 54 anos e 1 mês pelos mesmos crimes;
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Domingos Morais da Silva Abreu – 48 anos e 4 meses pelos mesmos crimes;
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Maria Eduarda Vieira Sousa – 30 anos por latrocínio.
A defesa de Maria Eduarda informou que recorrerá da sentença, alegando que não há provas concretas de participação direta no crime e destacando que ela é mãe de uma criança de 4 anos. A Defensoria Pública ressaltou que não comenta decisões da Justiça, lembrando que todos têm direito à defesa.
DETALHES DO SEQUESTRO E ASSASSINATO
O pecuarista havia contratado o grupo para limpar e cercar um lote no setor Jardim Mangabeira. Ao chegar ao local, Carloan foi rendido pelos quatro homens, que exigiram dinheiro. Como ele não tinha acesso à conta, precisou pedir R$ 2.500 a um amigo, valor depositado na conta de um suspeito foragido.
Insatisfeitos, os criminosos roubaram a caminhonete e o cartão bancário da vítima. Carloan foi sufocado com uma camiseta e enterrado no quintal da residência. Maria Eduarda teria participado usando o cartão da vítima e acompanhado Aleksandro em compras com o veículo roubado.
DESAPARECIMENTO E LOCALIZAÇÃO DO CORPO
Carloan desapareceu no dia 19 de outubro de 2024. O corpo foi encontrado no dia 21 por uma vizinha, que ouviu o cachorro latir no quintal e viu o braço da vítima. O pecuarista estava com as mãos amarradas, encapuzado e apresentava sinais de morte violenta.
Corpo estava em cova rasa, em Araguaína, no Tocantins — Foto: Divulgação/Alta Tensão-TO
INVESTIGAÇÕES E PRISÕES
Seis pessoas foram identificadas como suspeitas. Três foram presas em Araguaína em outubro de 2024, e o quarto suspeito foi detido em Wanderlândia. O quinto suspeito foi preso em Palmas em novembro de 2024. Um sexto segue foragido, com mandado de prisão expedido em dezembro de 2024.