170 ANOS DE PRISÃO

Justiça condena quatro réus pelo sequestro e morte de pecuarista em Araguaína

25 SET 2025 • POR Da Redação • 08h17
Corpo do pecuarista foi encontrado enterrado no quintal de uma casa em Araguaína, em outubro de 2024 - Reprodução

Quatro pessoas foram condenadas pela morte de Carloan Martins Araújo, de 62 anos, ocorrida em outubro de 2024 em Araguaína. As penas somadas ultrapassam 170 anos de prisão. O pecuarista foi sequestrado, torturado, assassinado e enterrado em uma cova rasa no quintal de uma residência no setor Jardim Mangabeira.

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A decisão foi assinada pelo juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, da 1ª Vara Criminal de Araguaína, no dia 22 de setembro de 2025, e cabe recurso. Um quinto réu foi absolvido por falta de provas, e um sexto suspeito segue foragido.

CONDENADOS E PENAS

A defesa de Maria Eduarda informou que recorrerá da sentença, alegando que não há provas concretas de participação direta no crime e destacando que ela é mãe de uma criança de 4 anos. A Defensoria Pública ressaltou que não comenta decisões da Justiça, lembrando que todos têm direito à defesa.

DETALHES DO SEQUESTRO E ASSASSINATO

O pecuarista havia contratado o grupo para limpar e cercar um lote no setor Jardim Mangabeira. Ao chegar ao local, Carloan foi rendido pelos quatro homens, que exigiram dinheiro. Como ele não tinha acesso à conta, precisou pedir R$ 2.500 a um amigo, valor depositado na conta de um suspeito foragido.

Insatisfeitos, os criminosos roubaram a caminhonete e o cartão bancário da vítima. Carloan foi sufocado com uma camiseta e enterrado no quintal da residência. Maria Eduarda teria participado usando o cartão da vítima e acompanhado Aleksandro em compras com o veículo roubado.

DESAPARECIMENTO E LOCALIZAÇÃO DO CORPO

Carloan desapareceu no dia 19 de outubro de 2024. O corpo foi encontrado no dia 21 por uma vizinha, que ouviu o cachorro latir no quintal e viu o braço da vítima. O pecuarista estava com as mãos amarradas, encapuzado e apresentava sinais de morte violenta.

Corpo estava em cova rasa, em Araguaína, no Tocantins — Foto: Divulgação/Alta Tensão-TO

INVESTIGAÇÕES E PRISÕES

Seis pessoas foram identificadas como suspeitas. Três foram presas em Araguaína em outubro de 2024, e o quarto suspeito foi detido em Wanderlândia. O quinto suspeito foi preso em Palmas em novembro de 2024. Um sexto segue foragido, com mandado de prisão expedido em dezembro de 2024.