Deputado defende nova divisão no Brasil e causa polêmica em podcast
25 SET 2025 • POR Da Redação • 08h56
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) sugeriu a divisão do Brasil em dois países durante entrevista ao podcast Redcast, transmitido na última quinta-feira (18/9). O parlamentar propôs a criação do “Brasil do Norte” e do “Brasil do Sul”, gerando reação imediata do apresentador Junior Masters, que classificou a fala como separatista.
Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.
O ARGUMENTO DO PARLAMENTAR
Segundo Bilynskyj, o país seria “grande demais” e, historicamente, extensões territoriais maiores tenderiam à ditadura. Ele afirmou ainda que uma divisão aumentaria a democracia. O deputado associou a proposta ao cenário político recente:
“Eles [Norte] votam no Lula, nós [Sul] votamos no Bolsonaro, pronto, acabou”.
A declaração contém erro factual, já que, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, Jair Bolsonaro venceu no Norte com 51,03% dos votos contra 48,97% de Lula.
QUEM É PAULO BILYNSKYJ
Paulo Bilynskyj, 38 anos, é delegado licenciado da Polícia Civil de São Paulo e deputado federal pelo PL. Ele integra a chamada bancada da bala. Documentos internos da corporação, revelados pelo portal Metrópoles, mostram que sua permanência na polícia foi questionada desde o estágio probatório, iniciado em 2012.
O parlamentar já respondeu a mais de 12 processos disciplinares, com punições que incluíram advertências e suspensões. O último caso registrado envolve uma manobra irregular com viatura policial que terminou em colisão com um carro particular. Atualmente, ele responde a três processos administrativos.
EPISÓDIOS GRAVES
Entre os episódios mais graves está a publicação de uma propaganda em sua rede social ligada a uma escola de concursos. O material mostrava homens negros conduzindo uma mulher para um quarto, com insinuação de abuso sexual. Na legenda, Bilynskyj fez trocadilhos com termos sexuais e a expressão “a situação fica preta”.
O caso resultou em inquérito solicitado pelo Ministério Público de São Paulo por apologia ao estupro e racismo. O processo terminou em acordo de não persecução penal, já cumprido por ele e por dois representantes da escola.