Palmas fica abaixo da média das capitais em ranking fiscal da Firjan
27 SET 2025 • POR Da Redação • 10h19
Em 2024, Palmas apresentou desempenho fiscal inferior à média das capitais brasileiras, segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). A capital do Tocantins ficou na 22ª posição, com 0,6658 ponto, enquanto a média das capitais foi de 0,7888. Já a média nacional ficou em 0,6531.
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Nos indicadores avaliados, Palmas obteve nota máxima em Autonomia (1,0000), mas desempenho fraco em Gastos com Pessoal (0,4763), Investimentos (0,6560) e Liquidez (0,5310).
DESEMPENHO DAS CAPITAIS
De acordo com a Firjan, as capitais brasileiras mantêm boa situação fiscal em média, com destaque para receita própria e planejamento financeiro. Em 2024, registraram resultados elevados em Autonomia (0,9039), Gastos com Pessoal (0,8102), Investimentos (0,7050) e Liquidez (0,7360).
Vitória (ES) liderou o ranking, com nota máxima em todos os indicadores. São Paulo (SP), Salvador (BA), Aracaju (SE), Belém (PA) e Manaus (AM) também se destacaram, atingindo níveis máximos em três quesitos e bom desempenho em Liquidez.
Na parte inferior, Cuiabá (MT) teve nota zero em Liquidez e baixo nível de investimento. Campo Grande (MS) ficou em penúltimo lugar, com elevado comprometimento de receitas e pouca capacidade de investimento.
Imagem: Pesquisa Índice Firjan de Gestão Fiscal
ANÁLISE DE ESPECIALISTA
Para o economista Higor de Sousa Franco, a posição de Palmas reflete a necessidade de políticas públicas estratégicas e estímulo ao empreendedorismo. Segundo ele, a autonomia plena da cidade não é suficiente sem eficiência em Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez.
“Com incentivos e políticas públicas contínuas, Palmas tem condições de melhorar sua posição no ranking e alcançar um patamar mais elevado de eficiência entre custo e investimento”, avaliou.
Higor destacou ainda que momentos sociopolíticos impactaram a atração de investimentos e a geração de empregos. Para ele, políticas que fortaleçam o setor empresarial podem reduzir gastos públicos, gerar mais empregos e renda, e trazer sustentabilidade econômica.
CAMINHOS PARA MELHORAR A GESTÃO
O estudo da Firjan aponta medidas como: revisão das regras de distribuição de receitas, flexibilização orçamentária, melhor gestão de despesas com pessoal, definição de critérios para transferências e emendas parlamentares, além da aplicação efetiva das regras de responsabilidade fiscal.
Segundo Higor, o investimento deve priorizar a qualificação da mão de obra local, fortalecendo o mercado e ampliando a confiança empresarial. “Com mão de obra qualificada, as despesas com pessoal podem ser direcionadas para áreas técnicas e de desenvolvimento econômico”, disse.
PLANEJAMENTO E TRANSPARÊNCIA
A Firjan reforça que planejamento, transparência e priorização de investimentos são essenciais para que a gestão pública gere benefícios reais à sociedade. Higor acrescenta que equilíbrio fiscal significa impostos retornando em serviços de qualidade.
“Quando o governo investe em incentivos fiscais e cria novas empresas, a economia gira, desafoga a máquina pública e gera sustentabilidade empresarial. Isso traz resultados”, afirmou o economista.