Queda nas vendas de destilados em bares pode chegar a 50%

A crise de intoxicação por metanol em bebidas destiladas está afetando fortemente bares e restaurantes em São Paulo. Estabelecimentos que têm vodca, gin e whisky como carro-chefe podem registrar redução de até 50% no faturamento, segundo a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp).

Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.

Nos últimos dias, a entidade já observou queda de 20% a 30% no movimento, especialmente em bares e casas noturnas que oferecem bebidas destiladas em seus cardápios.

IMPACTO NAS VENDAS

Apesar da queda nas vendas de destilados, o consumo de outras bebidas, como vinhos, cervejas e opções não alcoólicas, tem apresentado crescimento. O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, explica que essa mudança ajuda os estabelecimentos a compensar parte da perda de receita.

AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO

Em resposta à crise, a Polícia Federal intensificou operações de fiscalização em fábricas de bebidas adulteradas, incluindo regiões do interior de São Paulo, Chapecó (SC) e Poços de Caldas (MG). Algumas casas noturnas na capital suspenderam temporariamente a venda de destilados para proteger os clientes.

A Fhoresp orienta os empresários a checarem fornecedores, conferirem rótulos, lacres e selos de autenticidade, além de reforçar o treinamento de equipes para identificar produtos falsificados.

RISCOS PARA A SAÚDE

O metanol é altamente tóxico e pode causar cegueira permanente e morte. Ele não possui cheiro, cor ou sabor perceptíveis e costuma ser misturado clandestinamente em bebidas destiladas, tornando a detecção pelo consumidor quase impossível.

O Ministério da Saúde recomenda que a população evite consumir destilados de origem duvidosa e priorize estabelecimentos confiáveis.