BUSCA E APREENSÃO

Operação desarticula grupo que aplicava golpes em venda de veículos no TO

9 OUT 2025 • POR Da Redação • 10h29
Criminosos anunciavam veículos por valores muito abaixo do mercado para atrair as vítimas - Divulgação PC-TO

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 9, a Operação Miragem, em Cuiabá (MT), para desarticular uma associação criminosa especializada em estelionato. A ação foi conduzida pela 63ª Delegacia de Polícia de Paraíso, com apoio da Delegacia Especializada em Combate a Estelionato e Fraudes de Cuiabá.

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MANDADOS E BLOQUEIO DE CONTAS

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar, além de medidas cautelares diversas e bloqueio dos valores encontrados nas contas dos investigados. Entre os alvos estão uma mulher de 30 anos e dois homens de 33 e 34 anos.

GOLPES ENVOLVIAM VENDEDORES E COMPRADORES

Segundo o delegado José Lucas Melo, titular da 63ª DP, o grupo aplicava golpes tanto contra vendedores quanto compradores de veículos. Os criminosos iniciavam o contato com os proprietários, demonstrando interesse na compra e solicitando fotos e documentos do automóvel.

Com essas informações, criavam novos anúncios com valores muito abaixo do mercado, atraindo potenciais compradores. Aos vendedores, diziam que enviariam alguém para vistoriar o carro, alegando que o veículo seria repassado em outra negociação. Já aos compradores, afirmavam que o valor já estava acertado com o dono e que a pessoa responsável apenas mostraria o automóvel, sem discutir preço.

PREJUÍZOS E INVESTIGAÇÕES

O golpe se consumava quando o comprador realizava o pagamento diretamente ao criminoso, acreditando estar negociando com o dono do veículo. O golpista, então, desaparecia sem repassar o dinheiro ao vendedor original.

As investigações apontam que o grupo causou prejuízo de R$ 25 mil a uma vítima de Paraíso do Tocantins e que pode ter atuado em outros estados. Todos os envolvidos serão indiciados por estelionato e associação criminosa, crimes que podem resultar em até oito anos de reclusão.

APURAÇÕES CONTINUAM

O delegado José Lucas Melo destacou que o material apreendido deve revelar novos elementos da investigação. “A análise pode indicar a participação de outros suspeitos e a existência de mais vítimas em diferentes regiões do país”, afirmou.