WePink é alvo de ação após mais de 90 mil reclamações de consumidores
13 OUT 2025 • POR Da Redação • 17h38
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com um pedido na Justiça para que a empresa WePink, comandada pela influenciadora digital Virginia Fonseca, suspenda imediatamente as vendas de cosméticos realizadas por meio de lives. A ação foi motivada por denúncias de práticas abusivas e irregularidades nas relações de consumo.
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De acordo com o Bom Dia Goiás, a tutela de urgência foi protocolada pela Promotoria de Defesa do Consumidor com o objetivo de proteger os clientes e garantir medidas imediatas.
DENÚNCIAS E RECLAMAÇÕES
A WePink acumula mais de 90 mil reclamações no site Reclame Aqui apenas em 2025, além de cerca de 340 registros oficiais no Procon entre 2024 e este ano. As denúncias apontam falhas graves, como não entrega de produtos, ausência de reembolso, defeitos nas mercadorias, divergência entre o produto anunciado e o entregue, atrasos de até sete meses e remoção de críticas nas redes sociais.
MEDIDAS SOLICITADAS PELO MP-GO
Entre as determinações pedidas pelo Ministério Público estão:
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Suspensão das vendas por lives;
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Criação de um atendimento humano com resposta em até 24 horas;
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Reembolso garantido em até sete dias;
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Entrega de todos os produtos adquiridos;
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Multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.
O órgão também solicitou que a WePink seja condenada ao pagamento de uma indenização coletiva por danos morais no valor de R$ 5 milhões, a ser destinada para custear possíveis ações individuais de consumidores.
PUBLICIDADE ENGANOSA E INFLUÊNCIA DIGITAL
O promotor responsável pelo caso destacou que, em uma das transmissões ao vivo, os próprios sócios da WePink admitiram comercializar produtos sem estoque disponível, o que configura publicidade enganosa.
Outro ponto citado foi o uso da imagem de Virginia Fonseca como um fator que amplia a vulnerabilidade dos consumidores, especialmente entre jovens que confiam na influenciadora e adquirem produtos com base em sua credibilidade.