Paralisação de professores inicia hoje e afeta escolas de 12 regionais do TO
14 OUT 2025 • POR Da Redação • 10h25
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) convocou uma nova paralisação geral nesta terça-feira (14), em protesto contra a demora no envio do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Educação à Assembleia Legislativa.
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Segundo o sindicato, a mobilização deve suspender totalmente as aulas nas escolas da rede estadual em todo o Estado.
ATOS EM 12 REGIONAIS
O Sintet informou que haverá atos públicos em pelo menos 12 regionais, incluindo Araguaína, Augustinópolis, Tocantinópolis, Colinas, Guaraí, Miracema, Pedro Afonso, Paraíso, Porto Nacional, Dianópolis, Gurupi e Arraias.
Em Palmas, a manifestação será conjunta entre professores das redes municipal e estadual, marcada para quarta-feira (15) — Dia do Professor —, com concentração às 9h na Avenida JK.
PCCR AINDA ESTÁ NA CASA CIVIL
O PCCR da Educação segue sob análise da Casa Civil. De acordo com o Governo do Estado, o plano precisa ser avaliado com detalhes antes de ser encaminhado à Assembleia Legislativa.
O Sintet, por outro lado, afirma que a categoria aguarda o envio há mais de um ano e critica o descumprimento do cronograma que previa o envio ao Legislativo e a implementação financeira em setembro de 2025, adiado após a mudança de gestão.
CATEGORIA COBRA URGÊNCIA
O presidente do Sintet, José Roque Santiago, destacou que o diálogo com o governo continua, mas a categoria não aceita mais a demora.
“Temos mantido diálogo com a nova gestão, mas é impossível manter a paciência diante da morosidade com que o processo vem sendo conduzido. Queremos a aprovação do PCCR já!”, afirmou o dirigente sindical.
O QUE DIZ O ESTADO
O Portal O Norte procurou o Governo do Estado para posicionamento sobre a questão. Confira a nota na íntegra:
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), reconhece a importância do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Educação e compreende as expectativas da categoria quanto à sua tramitação.
A atual gestão, que assumiu há pouco mais de um mês, está realizando um levantamento detalhado e a análise das informações disponíveis. O compromisso é estruturar soluções viáveis não apenas para o presente, mas também capazes de garantir a manutenção e a estabilidade em longo prazo, com o objetivo de assegurar que todas as medidas adotadas estejam em conformidade com a legalidade, a responsabilidade fiscal e, sobretudo, com a sustentabilidade orçamentária.
O Governo reafirma que a valorização dos profissionais da educação é pauta central e que o diálogo com a categoria será permanente, transparente e construtivo. A proposta do PCCR será encaminhada à Assembleia Legislativa assim que concluídas as análises técnicas necessárias, garantindo, desse modo, um projeto sólido, responsável e exequível para todos os servidores da rede estadual de ensino.
Neste momento de transição administrativa, a paralisação das atividades representaria prejuízo direto aos estudantes, que precisam ter assegurado o direito à aprendizagem e à continuidade do calendário escolar.