Pai e filho viram réus após briga em bar terminar em tragédia
17 OUT 2025 • POR Da Redação • 19h47
O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) denunciou nesta sexta-feira (17) Valdimar Carvalho dos Santos, conhecido como “Piroca”, e seu filho Tiago Pereira dos Santos, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra quatro pessoas durante uma confraternização no Assentamento Água Fria II, zona rural de Tocantínia, em abril de 2025.
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Os dois estão foragidos e a Justiça ainda precisa aceitar a denúncia e torná-los réus. Informações sobre o paradeiro podem ser repassadas anonimamente pelo Disque Denúncia 197 ou pelo número (63) 9 8145-0252.
O CRIME
Segundo a denúncia apresentada à 1ª Vara Criminal de Miracema do Tocantins, o episódio ocorreu na noite de 12 de abril, no Bar do Amarildo. Valdimar, sob efeito de álcool, assediou a jovem Jaiane Sibakadi da Silva Xerente, apalpando suas nádegas sem consentimento. O irmão dela, Rainel Waine da Silva Xerente, tentou defendê-la, e uma briga se iniciou, contida por outras pessoas.
Após sair do bar, Valdimar retornou armado, acompanhado do filho Tiago, também com arma de fogo. Os dois dispararam contra o público, atingindo Henrique Cardoso de Sousa, que morreu quatro dias depois devido a ferimentos na cabeça, e ferindo gravemente Paulo Jefferson Lemes dos Santos.
Valdimar também é acusado de tortura contra Paulo Jefferson e de ato libidinoso sem consentimento contra Jaiane.
PEDIDOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O promotor Rodrigo de Souza denunciou pai e filho com qualificadoras de motivo fútil, meio cruel, perigo comum e dificuldade de defesa das vítimas, conforme o artigo 121, §2º, incisos II, III e IV do Código Penal.
Além do homicídio de Henrique, ambos respondem por três tentativas de homicídio, tortura e, no caso de Valdimar, ato libidinoso sem consentimento. O MPTO também solicitou indenização de 20 salários-mínimos às vítimas e que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri.
TESTEMUNHAS
Entre as pessoas arroladas para depor estão Jaiane e Rainel Xerente, Paulo Jefferson, Amarildo dos Santos (dono do bar) e Junior Carlos Kunkadi Xerente, que presenciaram o crime.
A denúncia foi protocolada na Comarca de Miracema do Tocantins e segue em tramitação.