CRISE NO SERVIR

Descontos seguem, repasses atrasam e rede ameaça suspender atendimentos a servidores

3 NOV 2025 • POR Da Redação • 16h01
Programa promove atendimento completo e exclusivo para cada beneficiário - Angel Lima

Servidores públicos estaduais do Tocantins têm questionado nas redes sociais o destino dos valores descontados mensalmente em folha para o Plano Servir, após a divulgação de que hospitais e clínicas credenciadas ao Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Tocantins (SINDESSTO) pretendem suspender atendimentos eletivos a partir de 10 de novembro, devido à falta de repasses do Governo do Estado.

Participe do grupo do O Norte no WhatsApp e receba as notícias no celular.

Nos comentários, servidores expressam indignação e desconfiança.

“Pra onde vai o dinheiro que é descontado todo mês no contracheque do servidor público?”, questionou uma usuária. Outra completou: “Queremos saber para onde está indo o dinheiro que todo mês sai do salário”.

Além das críticas à falta de transparência, há reclamações sobre o impacto financeiro: “E nossas despesas com esse plano triplicaram”, afirmou outro comentário. Parte dos servidores pede que o Estado suspenda os descontos até a situação ser resolvida.

ESFORÇO PARA REGULARIZAR PAGAMENTOS

Diante da repercussão, a Secretaria da Administração (Secad) divulgou nota informando que tem trabalhado para regularizar os repasses ao plano. Segundo o órgão, as faturas de maio e junho já foram integralmente quitadas, e o pagamento referente a julho foi iniciado na sexta-feira, 31 de outubro.

A Secad atribuiu os atrasos a um passivo financeiro herdado de gestões anteriores, que somaria uma dívida “enorme” e um déficit mensal de cerca de R$ 30 milhões.

Apesar disso, a nota não menciona os meses de agosto, setembro e outubro, nem apresenta um cronograma para normalização total dos pagamentos.

COMPROMISSO COM SERVIÇOS

A secretaria destacou que mantém “compromisso e seriedade na gestão”, afirmando que vem adotando medidas de contenção de gastos e otimização de recursos, sem comprometer a continuidade dos serviços.

O órgão também garantiu estar aberto ao diálogo com a rede credenciada, buscando soluções conjuntas para evitar a suspensão dos atendimentos e restabelecer a normalidade do Plano Servir.