EM PALMAS

Professor espera 7 anos por cirurgia no HGP e contrai infecção grave após procedimento

11 NOV 2025 • POR Da Redação • 20h21
Zezim Dias Lima pede apoio para conseguir sustentar ele e sua família - Arquivo Pessoal

O professor de geografia Zezim Dias Lima, de 42 anos, morador de Taquaralto, em Palmas, afirma que esperou sete anos para realizar uma cirurgia ortopédica no Hospital Geral de Palmas (HGP). O procedimento, feito em 23 de outubro deste ano, removeu uma haste colocada após um acidente de moto em 2018, mas o pós-operatório resultou em uma infecção causada pela bactéria Staphylococcus hominis.

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INFECÇÃO EVOLUIU PARA DOENÇA GRAVE

Segundo Zezim, o exame de cultura bacteriana confirmou a contaminação, que evoluiu para osteomielite, uma inflamação óssea grave. Desde então, ele realiza tratamento com antibióticos injetáveis a cada 12 horas, entre eles a vancomicina, de uso hospitalar e controlado.

“Está sendo muito difícil. Não posso trabalhar, tenho uma esposa e uma criança pequena e até comida está faltando. Dependo de ajuda de amigos e familiares para sobreviver”, contou o professor. Ele afirma que, após anos de dor e limitações físicas, agora enfrenta o desafio de controlar a infecção. “Foram sete anos esperando por essa cirurgia. Se tivesse acontecido antes, talvez eu não tivesse adquirido essa bactéria”, lamentou.

AUXÍLIO-DOENÇA NÃO COBRE DESPESAS

Impedido de trabalhar, Zezim diz que o auxílio-doença temporário não é suficiente para custear as despesas básicas. Ele pede ajuda financeira enquanto segue em recuperação.

Doações podem ser feitas via Pix (63) 98430-4958 – Zezim Dias Lima.

POSICIONAMENTO DA SECRETARIA DE SAÚDE

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que o paciente foi atendido e tratado no HGP, tendo recebido alta hospitalar em 20 de outubro de 2025, “sem queixas e diagnóstico de infecção bacteriana”.

A pasta afirmou ainda que Zezim tinha uma consulta de retorno marcada para 4 de novembro, mas não compareceu.

Sobre o tempo de espera por procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), a secretaria alegou que a maioria ocorre dentro do prazo previsto pelo Ministério da Saúde e que o governo realiza mutirões de cirurgias e exames para reduzir filas.

A SES-TO também ressaltou que a limpeza e desinfecção do HGP seguem as normas da Anvisa e que não há registros recentes de surtos bacterianos na unidade.