Estado encerra programa que atendia 1600 jovens no TO, justifica motivação e anuncia novo projeto
28 NOV 2025 • POR Da Redação • 08h57
A quinta-feira (27) terminou com indignação para milhares de famílias tocantinenses. Mais de 1.600 participantes do programa Jovem Trabalhador lançado na gestão do governador afastado Wanderlei Barbosa, foram comunicados, de forma abrupta, da suspensão do projeto. O aviso chegou através de um comunicado pelo WhatsApp e pegou responsáveis e jovens completamente desprevenidos.
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IMPACTO NAS POPULAÇÕES MAIS VULNERÁVEIS
Segundo o comunicado enviado pela Demà Jovem by Renapsi, parceira da iniciativa, a interrupção atinge em cheio adolescentes de grupos sociais historicamente fragilizados, incluindo grávidas, pessoas com deficiência, quilombolas, indígenas e jovens em situação de vulnerabilidade — muitos dependiam da qualificação e da renda para ajudar no sustento da família e iniciar a vida profissional.
VOZ DE QUEM FOI AFETADO
Entre os prejudicados está um jovem de 17 anos que tinha encontrado no programa a chance de reorganizar a própria vida. A mãe relata frustração e preocupação com o futuro do filho.
“Sou mãe solo, tenho uma filha de 10 anos, e esse dinheiro ajudava na casa. Meu filho se sentia responsável, estava pagando curso de informática. Agora estamos perdidos. Fomos surpreendidos e só queremos uma explicação coerente”, desabafou.
GOVERNO SE PRONUNCIA
Após a repercussão, o Governo do Tocantins afirmou que o programa não foi encerrado, mas substituído. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (SETAS) deve anunciar na próxima segunda-feira (1º) um novo modelo de formação profissional voltado aos adolescentes e jovens em busca do primeiro emprego.
ALEGAÇÃO DE IRREGULARIDADES
O Estado afirma que uma análise técnica identificou indícios de irregularidades no contrato do Jovem Trabalhador. As inconsistências foram encaminhadas ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Controladoria-Geral para apoio na abertura de tomada de contas especial.
PROMESSA DE UM NOVO MODELO
De acordo com o governo, o novo formato deve ampliar o número de participantes, alcançar mais municípios, fortalecer a formação prática e garantir maior controle do uso dos recursos públicos. A gestão destaca parceria com instituições como o Senai para reforçar a capacitação profissional.
POSICIONAMENTO DA SECRETARIA
A secretária Ana Carina Souto afirma que a mudança não é uma ruptura, mas um “avanço estruturado”. Segundo ela, o novo modelo corrige fragilidades e propõe uma política pública mais moderna, justa e alinhada às melhores práticas de integridade e transparência.