PL corta salário e atividades partidárias de Bolsonaro após condenação no STF

O Partido Liberal (PL) suspendeu, nesta quinta-feira, 27, todas as atividades partidárias de Jair Bolsonaro, incluindo o salário pago a ele como presidente de honra da sigla. A medida foi adotada após o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir definitivamente o processo que levou à suspensão dos direitos políticos do ex-presidente.

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A determinação consta em comunicado assinado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ele afirmou que a suspensão segue exigências legais decorrentes da Ação Penal 2668.

“Por força da lei e diante da suspensão de seus direitos políticos, as atividades partidárias do nosso Presidente de Honra também ficam suspensas, assim como a remuneração”, diz a nota.

SALÁRIO SUSPENSO, BENEFÍCIOS MANTIDOS

Desde que se filiou ao PL, em 2021, Bolsonaro recebia mensalmente R$ 46.366,19 brutos, valor equivalente ao salário de um deputado federal. Com a decisão, o pagamento será interrompido.

O partido informou, porém, que o ex-presidente continuará recebendo benefícios que não dependem do vínculo partidário: a aposentadoria parlamentar e a pensão militar, que somam R$ 37.041,11 líquidos.

SITUAÇÃO PRISIONAL ATUAL

A suspensão das atividades ocorre enquanto Bolsonaro cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele está preso desde o último sábado (22) e, na terça-feira (25), passou do regime de prisão preventiva para o regime fechado.

A execução da pena de 27 anos e 3 meses foi determinada pelo STF, após condenação por tentativa de golpe de Estado e liderança de uma organização criminosa voltada a impedir a posse do eleito e a desestabilizar o Estado Democrático de Direito.

VÍNCULO COM O PL

Jair Bolsonaro se filiou ao PL em novembro de 2021, depois de deixar o PSL. Desde então, tornou-se a principal figura da legenda. Com a suspensão de seus direitos políticos, esse papel fica interrompido até nova decisão judicial.