"ATO ANTISSINDICAL"

Investigadora é exonerada após protesto e Sinpol acusa governo de perseguição

28 NOV 2025 • POR Da Redação • 18h01
Servidora participou das manifestações realizadas na segunda-feira (24), em Palmas - Reprodução

O Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO) acusou o Governo do Estado de praticar perseguição política e ato antissindical ao exonerar a investigadora Nadir Nunes Dias do cargo de Gerente de Desenvolvimento de Políticas de Segurança. A exoneração foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (26), apenas dois dias após o início das mobilizações da categoria.

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Segundo o Sinpol-TO, a decisão ocorreu sem justificativa formal e de maneira “repentina”, justamente após a servidora participar da paralisação de 24 horas realizada na segunda-feira (24). O protesto tratava da falta de efetivo, demora no pagamento de direitos e ausência de diálogo com o Executivo.

SINDICATO VÊ REPRESÁLIA APÓS MOBILIZAÇÃO

A entidade afirma que a exoneração demonstra “clara perseguição” à policial civil, que além de investigadora, é diretora titular do sindicato. O comunicado diz que a medida fere o direito de organização sindical e tenta intimidar a categoria.

Outro ponto levantado pelo Sinpol é que nem a chefia imediata da servidora foi comunicada ou teria solicitado a mudança. Para o sindicato, o ato reforça um cenário de desrespeito ao movimento classista.

SINPOL PROMETE AÇÃO JURÍDICA

A assessoria jurídica do Sinpol-TO deve atuar para evitar novos episódios semelhantes e garantir a liberdade de manifestação dos servidores. A entidade reafirmou sua legitimidade e compromisso com os filiados.

“O Sinpol-TO é uma entidade sindical representativa e incansável na defesa dos direitos de seus filiados”, conclui a nota divulgada na noite desta quarta-feira.

GOVERNO NÃO SE MANIFESTOU

O Governo do Tocantins ainda não se manifestou sobre o caso.