OUTROS CRIMES

Irmão de investigado pela morte de vigilante em Palmas se entrega à polícia

2 DEZ 2025 • POR Da Redação • 09h06

Waldemar José de Lima Neto se apresentou à Polícia Civil do Tocantins nesta segunda-feira, 1°, e foi preso em cumprimento a um mandado expedido pela Justiça de Goiás. A detenção não tem ligação com o homicídio ocorrido no sábado, 29, quando o vigilante Dhemis Augusto Santos, de 35 anos, foi morto a tiros em uma galeria da 203 Sul, em Palmas.

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IRMÃO DE ALVO DO MANDADO SE APRESENTA

A entrega de Waldemar ocorreu depois que seu irmão, Waldecir José de Lima Júnior, passou a ser procurado pela Polícia Civil do Tocantins. Ele é apontado como o autor do disparo que matou o vigilante após uma discussão relacionada à forma como um veículo estava estacionado.

Waldecir tem registro como CAC, está com mandado de prisão preventiva decretado pela 1ª Vara Criminal de Palmas e permanece foragido.

INVESTIGAÇÃO EM GOIÁS 

O mandado contra Waldemar é oriundo de outra investigação, conduzida pela 2ª Vara Estadual de Repressão às Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais de Goiás. Ele é réu em processo que apura a atuação de um grupo suspeito de golpes imobiliários envolvendo imóveis irregulares, falsificação de documentos — inclusive Cadastro Ambiental Rural —, esbulhos possessórios, negociações fraudulentas e corrupção de policiais militares.

Segundo denúncia do Ministério Público de Goiás, recebida em 15 de julho de 2025, a organização atuava desde ao menos 2019 em Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O grupo também pagaria “diárias” que variavam de R$ 250 a R$ 8 mil para expulsar proprietários, intimidar vítimas e cobrar dívidas ilegais.

A denúncia inclui ainda tráfico e associação para o tráfico, estelionato em série, corrupção ativa, porte ilegal de arma, denunciação caluniosa, falso comunicado de crime e organização criminosa. Em um dos episódios citados, uma integrante foi presa em 2021 com 24,7 kg de maconha, além de outros 965,5 kg localizados em sua residência. O MP afirma que Waldemar e outros acusados contribuíram para a movimentação da droga.

O juiz Alessandro Pereira Pacheco decretou a prisão preventiva de Waldemar e de outros dois réus. Os mandados ainda não tinham sido cumpridos.

APRESENTAÇÃO EM PALMAS 

Waldemar se apresentou à Delegacia de Homicídios de Palmas, foi submetido aos procedimentos de praxe e encaminhado ao presídio da Capital. Ele não explicou as razões da entrega nem forneceu informações sobre o paradeiro do irmão. Advogados afirmaram que Waldemar passou a integrar um grupo religioso e decidiu se entregar após refletir sobre sua situação.

DEFESA DE WALDECIR 

O advogado de Waldecir, Zenildo Romon, declarou que irá entregar à polícia a arma usada no homicídio, mas informou que o cliente não deverá se apresentar por enquanto, alegando receio diante da repercussão do caso. “Em um momento adequado, ele será apresentado”, afirmou.

A audiência de custódia de Waldemar está marcada para esta terça-feira, 2. A Polícia Civil do Tocantins continua à procura de Waldecir José de Lima Júnior. Informações podem ser enviadas ao WhatsApp da 1ª DHPP: (63) 8131-8454, ou ao Disque-Denúncia 197.

Com informações da TV Anhanguera.