Levantamento do IBGE revela número expressivo de pobres no Tocantins

Mais de 370 mil pessoas que vivem no Tocantins estavam em situação de pobreza em 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento faz parte da Síntese de Indicadores Sociais, que acompanha as condições de vida da população brasileira. 

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O estudo nacional mostra que, apesar dos avanços observados nos últimos anos, um número expressivo de moradores do estado segue enfrentando dificuldades econômicas que os colocam abaixo da linha de pobreza.

ENTENDA O QUE SIGNIFICA VIVER NA POBREZA

De acordo com a metodologia usada pelo IBGE, a linha de pobreza é definida com base em renda familiar per capita — ou seja, quanto cada pessoa da família recebe por mês, em média. A condição de pobreza ocorre quando esse valor fica abaixo de determinado limite fixado pelo estudo, considerando parâmetros internacionais ajustados à realidade brasileira. 

O relatório também aponta que a pobreza extrema representa um nível ainda mais grave de privação, com famílias vivendo com valores muito baixos mensais. No estado, cerca de 6 mil pessoas enfrentaram esse nível no ano passado. 

TENDÊNCIA NACIONAL DE REDUÇÃO,

Os dados do IBGE revelam que o Brasil tem registrado uma redução no número absoluto e relativo de pessoas em situação de pobreza. Entre 2023 e 2024, o país retirou milhões de pessoas dessa condição, atingindo os menores níveis desde o início da série histórica. 

No entanto, especialistas alertam que, mesmo com essa tendência nacional, o Tocantins ainda enfrenta desafios importantes, especialmente em regiões com menor acesso a empregos formais, serviços públicos e renda estável.

FATORES QUE IMPACTAM A POBREZA NO ESTADO

A persistência da pobreza no Tocantins está relacionada a fatores complexos, como rendimento domiciliar per capita abaixo da média nacional, desigualdades no acesso ao mercado de trabalho e diferenças entre áreas urbanas e rurais. Segundo pesquisas anteriores do IBGE, o estado apresentou rendimento domiciliar per capita inferior ao observado em muitas outras unidades da Federação em 2024. 

Esses indicadores ajudam a explicar por que, apesar de alguma melhora nos últimos anos, milhares de tocantinenses ainda não conseguiram superar a linha da pobreza.

IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS SOCIAIS 

Levantamentos nacionais também destacam a importância de programas de transferência de renda e de políticas públicas de combate à pobreza — como Bolsa Família, Auxílio Brasil e benefícios complementares — na redução das taxas de pobreza e extrema pobreza em todo o país.

Essas medidas contribuem para a estabilidade econômica de famílias de baixa renda e para a mitigação de desigualdades, embora especialistas ressaltem que o combate definitivo à pobreza requer ações estruturais integradas de longo prazo.