Tocantins entra em alerta para possível epidemia de dengue em 2026
26 DEZ 2025 • POR Da Redação • 14h27O Tocantins está entre os estados brasileiros que devem enfrentar um cenário crítico de dengue em 2026. Projeções indicam que a taxa de incidência pode ultrapassar 300 casos a cada 100 mil habitantes, patamar classificado como epidêmico por organismos internacionais de saúde.
ALERTA EPIDEMIOLÓGICO
A previsão faz parte de um levantamento desenvolvido por uma força-tarefa internacional ligada aos projetos InfoDengue e Mosqlimate, com apoio de instituições como Fiocruz e Fundação Getulio Vargas. O estudo analisou dados de saúde e variáveis climáticas para antecipar possíveis surtos da doença.
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CENÁRIO NACIONAL
De acordo com os pesquisadores, o Brasil pode chegar a até 1,8 milhão de casos prováveis no próximo ciclo epidemiológico, considerando o período entre outubro de 2025 e setembro de 2026. Se confirmado, esse volume será um dos mais altos desde 2010, ficando atrás apenas do ano de 2024, quando o país registrou números históricos da doença.
TOCANTINS ENTRE OS MAIS AFETADOS
No recorte estadual, o Tocantins aparece em posição de destaque negativo. A expectativa é de aumento na incidência em comparação com 2025, inserindo o estado no grupo de unidades da federação com risco elevado de epidemia, ao lado de estados do Sul, Centro-Oeste e outras regiões do país.
NOVO SOROTIPO EM CIRCULAÇÃO
Outro ponto que preocupa os especialistas é a possibilidade de retorno do sorotipo 3 da dengue, ausente de grandes surtos no Brasil há mais de 17 anos. Como grande parte da população não possui imunidade contra essa variante, a circulação do vírus pode agravar ainda mais o quadro epidemiológico.
INTERIORIZAÇÃO DA DOENÇA
Especialistas alertam que a expansão da dengue para cidades menores tende a aumentar os impactos da doença. Municípios sem histórico de grandes surtos podem enfrentar dificuldades no diagnóstico e no atendimento, o que eleva o risco de complicações e sobrecarga do sistema de saúde.
Mesmo com projeções de queda em alguns estados, como Paraná, Rio Grande do Sul e Acre, a tendência para o Tocantins e outras regiões é de crescimento dos casos. A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes, o que mantém a população vulnerável a reinfecções ao longo do tempo.