Acalanto protesta contra resultado de edital para aquisição de obras

28 JUL 2011 • POR • 11h12
Divulgação

A Academia de Letras de Araguaina e Norte Tocantinense (Acalanto) enviou a Secretaria Estadual da Educação e à Secretaria Estadual da Cultura, carta aberta de protesto com o resultado do Edital para aquisição de obras literárias de autores tocantinenses.

De acordo com a carta, que é assinada por Edson Gallo, presidente da entidade o resultado do Edital nº 008/2011, que prevê a aquisição de obras literárias apresenta falhas que possibilitaram a escolha de obras que não se enquadram dentro dos critérios do edital.

Galo conta que o Edital, em seu artigo 1, informa com clareza que deve “selecionar e adquirir obras de autores tocantinenses ou residentes há dez anos no Tocantins” e o livro Roteiro do Tocantins, de Lysias Rodrigues, contraria este dispositivo, tendo em vista que, afirma a carta, "Lysias ­­- patriota a quem a Aviação e os Correios nacionais muito devem - morreu em 1957, jamais podendo ter morado no Tocantins, tampouco ser considerado escritor tocantinense”.

A carta aberta faz citação de outras obras, que, para a Acalanto, não atenderiam aos requisitos do edital. São elas: "Recomendações de Metodologia Científica", de Janislau José; "A Nova História do Tocantins", de Otávio Barros; "Fundamentos Históricos do Tocantins", de Têmis Gomes Parente; "Caminhos que Andam", de Kátia Maia Flores.

No final do documento, a Acalanto afirma que “lamenta o comprometimento do processo seletivo que se não revela favorecimento aos selecionados, causa danos aos demais concorrentes pela incúria por parte dos examinadores e pela desídia por parte dos promotores”.

Confira abaixo, na íntegra, a carta da Acalanto:


Carta Aberta às Secretarias da Educação e da Cultura do Tocantins

A Acalanto – Academia de Letras de Araguaina e Norte Tocantinense vem de público lamentar o resultado do Edital nº 008/2011, para “AQUISIÇÃO DE OBRAS LITERÁRIAS DE ESCRITORES TOCANTINENSES”, das secretarias da Educação e da Cultura do Estado do Tocantins, no que considera serem falhas que possibilitaram a escolha de obras que não se enquadram dentro dos critérios do referido edital, que abaixo nomeia:

1 – O Edital, em seu Artigo 1 – Do Objeto, deixa claro que deve “selecionar e adquirir obras de autores tocantinenses ou residentes há dez anos no Tocantins”.

O livro Roteiro do Tocantins, de Lysias Rodrigues, infringe frontalmente este artigo, pois Lysias ¬¬- patriota a quem a aviação e os Correios nacionais muito devem - morreu em 1957, jamais podendo ter morado no Tocantins, tampouco ser considerado escritor tocantinense.

2 – O Edital, em seu Anexo I, que trata das inscrições, contempla apenas as seguintes categorias: “Infantil, Infantojuvenil, juvenil, poesia, romance, crônica e contos”, por si consideradas estritamente literárias. Por isso a Acalanto entende que os livros abaixo relacionados não atendem ao proposto no Edital. São frutos de árduas pesquisas de profissionais competentes, mas acadêmicas ou registros dos antecedentes históricos ou passado recente do Tocantins, não havendo categoria que os contemplasse:

a) Recomendações de Metodologia Científica, de Janislau José;

b) A Nova História do Tocantins, de Otávio Barros;

c) Fundamentos Históricos do Tocantins, de Têmis Gomes Parente;

d) Caminhos que Andam, de Kátia Maia Flores;

Pelo exposto, a Acalanto lamenta o comprometimento do processo seletivo que se não revela favorecimento aos selecionados, causa danos aos demais concorrentes pela incúria por parte dos examinadores e pela desídia por parte dos promotores.


Araguaina, 27 de julho de 2011

Edson Gallo
Pres. Acalanto