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Após ser internado, paciente do HGP reencontra a família que não via há 22 anos

16 dezembro 2019 - 20h02

Um trabalho em conjunto entre as Secretarias de Saúde e de Segurança Pública tornou possível o reencontro entre paciente e familiares.

 

Filho mais velho entre oito irmãos, o autônomo Francisco Edson Pereira da Silva, 46 anos, saiu de Lago do Junco, sua cidade natal no Maranhão, há 22 anos em busca de oportunidades de trabalho. Atualmente, morador da região sul de Palmas, Francisco sofreu Acidente Vascular Cerebral (AVC) em sua casa e foi internado no Hospital Geral de Palmas (HGP) no mês de outubro.

 

Admitido como caso de urgência e emergência no Pronto Socorro, o autônomo recebeu total assistência da equipe multiprofissional do hospital. Depois de estabilizado, foi encaminhado para Unidade de Internação, onde recebeu os cuidados para recuperação do AVC e assistência do Serviço Social da unidade.

 

“Avaliamos o contexto da vida pessoal e social dos pacientes e todas as questões que podem contribuir com a melhora do quadro clínico. Com isso, iniciamos a busca ativa pelos familiares do Francisco”, explicou a coordenadora do Serviço Social do HGP, Elmara Soares, que trabalhou o caso com as assistentes sociais Alana Barbosa e Katia da Silva.

Recentemente o paciente recebeu alta médica, porém devido às sequelas da doença, não podia andar ou falar, por isso estava sendo cuidado por amigos. Ainda assim, a unidade manteve a busca pelos familiares junto a órgãos estaduais e municipais do Tocantins e do Maranhão. Foi o Instituto de Identificação da Secretaria de Segurança Pública (SSP/TO), por meio da Diretoria de Papiloscopia, que fez a identificação de Francisco, localizou seus familiares em Lago do Junco e realizou o contato.

 

O diretor Geral do HGP, Leonardo Toledo destacou o trabalho em conjunto. “Sabemos que a parceria com o Instituto de Identificação foi muito relevante neste processo. Nós ficamos muito orgulhosos em saber que nossa equipe contribuiu com este momento tão especial do Francisco com sua família”, afirmou.

 

O irmão do autônomo, Francisco Herlis Pereira da Silva, disse que os familiares vieram do Maranhão, enfrentando mais 16 horas de viagem até chegarem ao destino. Ainda segundo ele, desde que souberam do ocorrido, não mediram esforços para o reencontro. “Depois que ele saiu de casa perdemos o contato, só sabíamos que ele estava no Tocantins, mas não sabíamos a localização exata”.

 

Para a mãe de Francisco Edson, dona Nazira Ferreira da Silva, receber a notícia nessa época foi um grande presente de Natal. Ela contou que todos os familiares do Maranhão ficaram todo esse tempo sem notícias dele, “mas saber que ele estava bem e vivo foi uma surpresa boa, agradeço a todos que ajudaram, eu não esperava mais encontrar ele. A recuperação será difícil agora, mas mãe sempre tem um lugar para o filho. Eu mesma irei cuidar dele”.

 

A felicidade refletiu diretamente no quadro de Francisco. Apesar de ainda não ter recuperado a fala, no reencontro ele conseguiu ficar de pé e deu o primeiro passo, literalmente, de sua recuperação, surpreendendo a equipe que presenciou o momento e seus familiares.

 

Papiloscopistas

 

Francisco foi identificado a partir de trabalhos papiloscópicos técnico-científicos com as digitais do paciente e cruzamento de dados, que foram realizados pelo papiloscopista, Wiris Pereira Glória, do Instituto de Identificação, unidade da SSP/TO. O órgão foi acionado pela direção do HGP. O profissional também entrou em contato com os familiares no estado vizinho.

 

Além da identificação civil para fins de emissão de registro geral (RG) ou carteira funcional, os papilocospistas do Instituto de Identificação são responsáveis pela Identificação Criminal (papiloscópica e fotográfica), Identificação Necropapiloscópica (cadavérica), Papiloscópica em local de crime (levantamento de vestígios produzidos pelas papilas dérmicas) e informações técnicas, bem como Laudo Proposopográfico (comparação facial e antropométrica).