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CONCURSO PÚBLICO

Empresária e Dentista desmente denúncia e fala de sua deficiência

18 junho 2011 - 12h13

Daniel Lélis
Da Redação

 

Em entrevista ao Portal O Norte, a empresária e cirurgião dentista, Ângela Maria Silva, citada em reportagem publicada no site como suposta beneficiária de irregularidades no Concurso da Saúde promovido pela Prefeitura Municipal de Araguaína em 2010, esclarece aprovação no certame e responde à denúncia de que não seria deficiente física (confira a matéria na íntegra, aqui).

Quem me conhece, sabe da minha deficiência”. Esta foi uma das primeiras frases ditas por Ângela à nossa reportagem. Surpresa com a denúncia, ela conta que todos do seu convívio tem conhecimento dos problemas auditivos dos quais ela sofre e que seriam sequelas de uma cirurgia feita há cerca de 6 anos: “Uso aparelho auditivo. Tive perda de 95% da audição da orelha esquerda e mais de 30% da direita. E isso tudo está provado em dezenas de exames realizados. A pessoa que fez a denúncia provavelmente não me conhece”, conta.

Comprovação
A cirurgiã afirma que a sua deficiência auditiva foi comprovada pela Junta Médica da Prefeitura, formada por três profissionais e ratificada por exames feitos por médicos otorrinolaringologistas. “A perícia realizada pela Junta comprovou a minha deficiência, mas, além disso, apresentei exames feitos por três médicos otorrinolaringologistas que a comprovaram”, ressaltou ela, que completou questionando: “Como eu poderia comprar três médicos que nem conheço para atestar algo que outros três confirmaram?”.

Um direito do deficiente
Ângela afirma que só fez uso de um direito que lhe assiste. “Ora, se o edital do concurso garantia vagas para deficientes e eu me enquadro nesta categoria, por que abrir mão deste direito? Se a lei me dá este direito, por que não devo buscar os meios para garanti-lo?”, interroga.

De acordo com a cirurgiã, é fundamental que pessoas que tenham algum tipo de deficiência estejam sempre atentas aos seus direitos e que não se deixem abalar pelas dificuldades. “A pessoa que nasce com alguma deficiência, seja ela qual for, ou a adquire por essas do destino, tem que ter em mente que é preciso seguir em frente; que o mundo não acabou! É difícil? É! Mas não é o fim do mundo. Que sirva de exemplo o meu caso: tive a infelicidade de perder parte da minha audição, mas isso não me impediu de continuar trabalhando e crescendo na vida”, finalizou a empresária.