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MEIO AMBIENTE

“Linhão da Morte” agora ameaça as últimas árvores da Avenida Filadélfia

26 julho 2011 - 08h44

Daniel Lélis
Da Redação
 

Um dos maiores desafios das cidades cujo desenvolvimento tem se acelerado nos últimos tempos é crescer de modo sustentável, preservando a natureza e garantindo qualidade de vida para as futuras gerações. Dentro dessa perspectiva, a criação e manutenção de espaços verdes como bosques e parques são fundamentais. Um Município arborizado tende a ser, em termos gerais, um lugar melhor para se viver.

Araguaína vive um dos melhores momentos da sua economia. O mercado imobiliário, e não só ele, está aquecido. Loteamentos surgem a todo instante. Edifícios são projetados e construídos por todas as partes. A construção civil comemora os frutos de uma época de prosperidade. Contudo, a pergunta a que muitos se fazem é: a cidade tem dado a devida importância para o meio ambiente? A sustentabilidade tem recebido a atenção necessária de empresários e autoridades? Parece que não.

O exemplo que alerta
Um exemplo claro desse desacordo de interesses é o corte indiscriminado da copa de dezenas de árvores na Avenida Filadélfia em razão de uma linha de transmissão da Companhia de Energia Elétrica do Tocantins (Celtins) que interliga a subestação do Bairro JK à do Jardim das Flores.

Com o "linhão", como é conhecido, árvores que enfeitavam o canteiro central da Avenida, passaram a disputar espaço com os gigantes postes instalados e foram cerradas sob a justificativa de garantir mais segurança no local. 

O cenário serve de alerta para a necessidade de um debate em torno de uma política ambiental mais efetiva para o Município.

A população, que na época da implantação do Linhão protestou e até ingressou na justiça para impedi-la, está chocada com mais essa consequência da obra. “É uma vergonha o que eles estão fazendo. Além do grande perigo em caso de rompimento ou queda dos condutores do linhão, agora eles cortam as poucas árvores que ainda restam na cidade”, contou revoltada Juliana Fernandes Macedo, de 47 anos, moradora do setor Tecnorte.

O “Linhão da Morte”
Desde o início, a referida linha de transmissão da Celtins despertou a revolta dos araguainenses. Tanto é que o mesma chegou até a ser apelidada de “Linhão da Morte”. Na época, os moradores organizaram diversas manifestações cobrando a suspensão da obra. Contudo, a única coisa que conseguiram foi paralisá-la por alguns dias e mudar o percurso original do projeto, que previa inicialmente que o linhão cortaria o Setor São Miguel, Eldorado e Santa Terezinha.