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Secretário diz que ainda precisa “avaliar” caso de família que mora em ginásio

28 julho 2011 - 09h00

Daniel Lélis
Da Redação

 

O Portal O Norte tem acompanhado a situação dos Ginásios Poliesportivos em Araguaína. Dois deles, o do Bairro JK e Setor Noroeste, mereceram reportagens especiais. Contudo, mais preocupante que os graves problemas apontados pela população nestes espaços, é a realidade de quem, na ausência de um teto, é obrigado a fazer de morada um dos vestiários destes ginásios.

O drama de uma família que vive nessas condições foi mostrado recentemente no site e chocou os araguainenses (confira matéria completa, aqui). Gardênia Gomes Pereira, de 27 anos, mora com o esposo e suas duas filhas pequenas, uma com apenas nove meses e outra com sete anos de idade, no lugar onde deveria ser o vestiário do Ginásio do Noroeste.

Em busca de respostas e explicações para o completo desamparo em que se encontra esta família, o Portal entrou em contato com o Secretário de Desenvolvimento Social e Habitação do Município, Jota Patrocínio. Segundo ele, somente agora o mesmo teria tomado conhecimento do caso, o que é curioso, tendo em vista que a notícia foi repercutida, inclusive, por outros veículos de comunicação. Para o secretário, não há como solucionar por completo do déficit de moradias na cidade, mas há sim, felizmente, meios de minimizar o problema.

Problema comum
De acordo com Patrocínio, casos semelhantes e até piores que o da família que mora no Ginásio do Noroeste são registrados todos os dias na cidade. Ele afirma que aproximadamente 12 mil famílias fazem parte do banco de cadastro habitacional do Município. “Temos conhecimento de pessoas morando até debaixo de árvore”, contou.

Sobre a informação de que Gardênia e sua família fariam parte deste cadastro, mas nunca teriam recebido resposta por parte da Secretaria, Patrocínio explica que é possível que o casal e suas duas filhas faça parte do banco, mas em momento algum estes teriam comunicado ao órgão os sérias dificuldades enfrentadas; leia-se morar numa obra pública abandonada por mais de meia década.

Providências
Perguntado sobre as providências que serão tomadas com relação a família, Patrocínio afirmou com rigor: precisa avaliar; se a situação for de fato emergencial, como informou a reportagem, a situação dos moradores do ginásio será considerada emergencial e a Secretaria tratará o caso como prioritário.

Ainda de acordo com o secretário, a Prefeitura entregará, através do Programa “Minha casa, minha vida”, 930 unidades habitacionais, as chamadas Vilas Azul 1 e 2, localizadas próximas ao Estádio Mirandão. Os beneficiários, conta, já foram selecionados há cerca de 30 dias. As obras estão adiantadas. Contudo, segundo ele, não há previsão ainda de entrega das casas, uma vez que haveria detalhes burocráticos a serem resolvidos com a Caixa e a construtora responsável.

Sejuves
Questionado se a Secretaria Estadual da Juventude e dos Esportes, teria o teria procurado, Patrocínio foi categórico: até o momento a Sejuves não entrou em contato. Em nota enviada ao Portal na semana passada, o órgão estadual prometeu que tentaria, junto a Prefeitura de Araguaína, incluir a família do ginásio em algum programa habitacional do Município, uma vez que, informou, “o local (ginásio) não pode ser utilizado como moradia, pois tem como finalidade atender os anseios da comunidade no que diz respeito à prática esportiva”.