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CÂMARA MUNICIPAL

Realização de Concurso gera bate-boca entre os vereadores

06 dezembro 2011 - 19h50

Da Redação
 

Durante a discussão sobre o Projeto de Lei que propõe a criação de mais de 800 cargos através de realização de Concurso Público do Quadro Geral do Município, os vereadores Elenil da Penha (PMDB) e Geronimo Cardoso (PSDB) discordaram nas opiniões e trocaram insinuações durante o debate.

Os dois lados
De um lado o vereador Gerônimo Cardoso que apoiou a ação do Executivo Municipal em propor o projeto. Para ele, a realização do Concurso em discussão abrirá oportunidades para quem almeja a segurança de um serviço público e mais que isso significa “a moralização da máquina administrativa do município de Araguaína”, no sentido de extinguir a contratação por indicação política dos cargos municipais apresentados.

Do outro lado, o presidente da Casa, que é contra a realização de concurso para o provimento de vagas de trabalhadores nas áreas de Serviços Gerais e Vigilantes. Elenil argumenta que são mais de trezentos servidores contratados atualmente pelo município e muitos deles estariam há décadas à serviço da prefeitura e não teriam condições de participar do certame por terem baixa escolaridade. “Em tese quem faz o concurso público está preparado para assumir o cargo, mas quem não faz e trabalha há 10, 15, 20 anos também está”.

Sobre a questão Gerônimo argumenta: “Eu sei que em abril, podemos ter 310 pessoas chorando, mas o que vemos todo dia é gente pedindo emprego, e hoje o que observamos é que temos a possibilidade de acabar de vez com a humilhação que muitos pais passam todo ano. Dia 20 de dezembro agora vai ter demissão e a Câmara vai está cheia de gente pedindo retorno no emprego. Se fosse concursado não existiria isso”.

Pessoalidade
Direcionando suas palavras ao vereador Gerônimo, Elenil se manifesta: “Não estou querendo dizer que sou o dono da razão. A tese de Gerônimo Cardoso é perfeita aos olhos da Constituição, da impessoalidade. Mas o cidadão que hoje está nesta situação, é o mesmo que nos faz chegar a esse parlamento para representá-lo, são pessoas que acreditam no nosso trabalho”, diz Elenil.

O presidente da Câmara ainda destacou: “Com prioridade, eu defendo aquele cidadão que não tem o ensino fundamental, aquele que não sabe pegar numa caneta e escrever... A Câmara tem o poder de deliberar sobre isso com prioridade”.

Troca de insinuações
Após o pronunciamento de Elenil, Gerônimo insinuou que o presidente da Casa estaria defendendo a classe por ter empregos indicados por ele no município. No bate-rebate sobre a questão, nenhum lado admitiu ter servidores indicados.

Emenda
Ao final da discussão, Elenil da Penha sugeriu que fosse inserido uma emenda no Projeto de Lei, retirando a criação dos cargos de Serviços Gerais e Vigilantes. A proposta de Elenil foi discutida na sala da presidência e por não haver consenso entre todos os vereadores a questão volta a ser debatida na segunda votação da proposta que deve acontecer nesta quarta-feira, 07, durante sessão na Câmara.