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CONCURSO PÚBLICO

Emenda de vereadores deve eliminar mais de 300 vagas

08 dezembro 2011 - 08h24

Da Redação
 

O projeto de Lei do Executivo Municipal que cria 802 cargos do Quadro Geral de provimento efetivo do Município através de Concurso Público que foi aprovado na terça-feira, 6, em primeira votação (Leia mais), foi retirado da pauta desta quarta-feira, 7, pelo líder do Executivo na Câmara, Mané Mudança, que argumentou adiar a apreciação pela importância do debate em questão e necessidade de se votar outros projetos que já estavam em pauta.

Nesta quinta-feira, 8, uma emenda parlamentar proposta pelos vereadores: Divino Bethânia (PSD), Jorge Frederico (PSD), Gideon Soares (PMDB), Cleudo Negão (PSDB), Soldado Alcivan (PP), Terezona (PR) e Mané Mudança (DEM) visa suprimir um artigo do projeto que cria mais de 300 vagas de Vigilante e Auxiliar de Serviços Gerais (ASG) no referido projeto.

Apesar de ser o líder do prefeito na Câmara, Mané Mudança se posicionou contrário à criação das vagas em questão e em entrevista ao Portal O Norte, o vereador explica: “Antes de estar na condição de líder do governo eu estou na condição de líder do povo, portanto, eu tenho que defender os interesses do povo. Propomos a emenda porque entendemos que as pessoas que hoje trabalham nestes cargos são pessoas que não tiveram oportunidade de concluir o ensino fundamental, então não tem possibilidade de fazer um Concurso”, observa Mané dando como exemplo o caso de uma servidora do município: “A dona Marlene trabalha na escola Ivani Galdino, ela trabalha lá desde 1992 na época do prefeito Joaquim Quinta, ou seja, tem 19 anos de contrato, entra prefeito e sai prefeito e ela continua lá, ela só sabe fazer aquilo. Agora imagine aquela senhora com mais de cinqüenta anos desempregada? Dona Marilene não tem condições de fazer um concurso e com essa idade vai arrumar emprego aonde?”, questiona o vereador, ressaltando “Claro que temos que fazer cumprir a Constituição Federal, mas tem tanta coisa que não é cumprida, na Saúde, moradia e Educação que tem tantos déficits, desta forma temos que votar também com o coração”, conclui.

Com a mesma linha de pensamento, o vereador Divino Bethânia defendeu a proposta: “Estamos tentando achar uma forma de não agredir essas pessoas, porque quem tem qualificação pode prestar concurso e passar, mas e os analfabetos? Vão ser marginalizados? Têm que serem descartados? Não podemos permitir isso!

Questionado pela nossa reportagem sobre qual a garantia que estes servidores hoje contratados teriam de que eles não seriam retirados de seus empregos, Bethânia respondeu: “Sabemos que compete ao prefeito escolher quem vai trabalhar, ele é o detentor do poder, mas o histórico dos prefeitos que passaram por Araguaína mostram o bom senso quanto a essa questão. Ora, se não fosse assim, não teriam pessoas que trabalham há 10, 15, 20 anos no município. Todos eles passaram pelo prefeito Paulo Sidney, a prefeita Valderez e o próprio Valuar. A questão é bom senso dos gestores”.