A desidratação em idosos é um problema recorrente e um dos fatores que mais agravam doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas renais. Além disso, aumenta o risco de quedas e é uma das principais causas de procura por atendimento de urgência e emergência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Anatólio Dias Carneiro, em Araguaína.
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FATORES QUE AUMENTAM O RISCO
Segundo o coordenador médico da unidade, Dr. João Paulo Suleiman, pessoas com mais de 60 anos são naturalmente mais vulneráveis à desidratação por alterações fisiológicas do envelhecimento. “Com a idade, o organismo perde a capacidade de absorver e reter água, o que favorece a desidratação”, explica.
O uso de medicamentos como diuréticos também contribui para a perda acelerada de líquidos. O médico alerta que a prevenção deve ocorrer durante todo o ano, não apenas em períodos de calor intenso.
SINTOMAS CONFUNDIDOS
Muitos sinais de desidratação em idosos são confundidos com comorbidades comuns da idade. “Tontura ao levantar e cansaço são sintomas que, muitas vezes, passam despercebidos. Quando chegam à urgência, já apresentam quadros graves, com confusão mental, taquicardia, febre e queda de pressão arterial”, afirma Suleiman.
A falta de orientação para cuidadores e familiares é outro fator que contribui para o problema. “É essencial incentivar a ingestão de água regularmente, sem esperar a sensação de sede, e criar horários para lembrar o idoso de se hidratar”, reforça o médico.
QUANDO PROCURAR ATENDIMENTO
Idosos acamados ou com doenças pré-existentes exigem atenção especial. Ao surgirem sinais como cansaço, fadiga, lábios secos ou pouca frequência urinária, deve-se iniciar a oferta de líquidos em pequenas porções ao longo do dia.
“Se houver dor ao urinar, confusão mental ou queda de pressão arterial, é fundamental procurar imediatamente atendimento médico de urgência”, orienta Suleiman.


Medidas simples devem ser adotadas como prevenção e sinais de alerta precisam de ajuda médica rápida - Crédito: Divulgação 


