O atendimento de diálise em Araguaína está novamente à beira do colapso, segundo alerta da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT). O Instituto de Doenças Renais do Tocantins (IDRT), referência há 31 anos no atendimento exclusivo pelo SUS, acumula quatro meses sem receber repasses do governo do Tocantins. A dívida ultrapassa R$ 2 milhões.
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154 PACIENTES PODEM FICAR SEM TRATAMENTO
A unidade atende 154 pacientes e realiza cerca de 1.550 sessões mensais. Segundo a clínica, não há condições de receber novos casos diante do agravamento financeiro. Para a ABCDT, o cenário vivido no Tocantins se repete em outras regiões do país e coloca vidas em risco. “A ausência de repasses ameaça diretamente a vida dos pacientes renais crônicos”, afirmou o vice-presidente da entidade, Leonardo Barberes.
REPASSE ESTADUAL NÃO OCORRE
Embora o SUS financie mais de 90% da hemodiálise por meio do FAEC-Nefrologia, cerca de R$ 2,1 milhões mensais, os pagamentos estaduais não foram efetuados. Desde fevereiro, a Secretaria da Saúde mantém o serviço via Reconhecimento de Dívida, mas nenhum valor foi pago ao IDRT. As faturas de junho a outubro seguem paradas na análise interna.
RISCO IMEDIATO DE COLAPSO
O diretor do IDRT, Marco Galvão, afirma que o quadro repete a crise de 2020, quando os repasses ficaram suspensos por quatro meses. Com estoques de insumos no limite e fornecedores localizados em outros estados, o serviço corre risco de interrupção. “A diálise não pode esperar. Atendemos 100% pelo SUS e não temos outra fonte de receita”, disse.
ABCDT PEDE REGULARIZAÇÃO IMEDIATA
A associação classificou a situação como “gravíssima” e cobrou o pagamento urgente das dívidas. O IDRT afirma que continuará atendendo para evitar desassistência, mas alerta que, sem repasses, o serviço pode colapsar. A Secretaria da Saúde foi questionada sobre o atraso, mas alegou não poder responder “devido ao atual momento”. O espaço segue aberto.

Instituto de Doenças Renais do Tocantins (IDRT) em Araguaína
O QUE DIZ O ESTADO
O Portal O Norte procurou o Governo do Tocantins para esclarecimentos e aguarda o retorno.






