Uma mulher, sem identificação divulgada, morreu após ser picada por uma cobra no início deste ano em Araguaína. O caso ocorreu no Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT). Segundo denúncia anônima encaminhada ao Ministério Público do Tocantins (MPTO) em maio, a paciente chegou consciente e orientada, mas seu estado de saúde teria se agravado severamente durante a internação, sem medidas médicas imediatas adequadas.
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GRAVIDADE DO QUADRO CLÍNICO
O relato aponta que, após exames de imagem, foi identificado sangramento intracraniano. Apesar da gravidade, a denúncia cita demora “injustificável” na implementação de condutas compatíveis com o quadro da paciente. A mulher foi intubada, mas apresentou sinais sugestivos de morte encefálica. Especialistas alertam que a maioria das mortes por picadas de cobras peçonhentas pode ser evitada com atendimento rápido, principalmente com a aplicação precoce do soro antiofídico e suporte vital adequado.
APURAÇÃO DE POSSÍVEIS FALHAS
Diante da denúncia, a 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína instaurou um Procedimento Preparatório para apurar possíveis falhas médicas que contribuíram para o óbito. Foram determinadas as seguintes ações:
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Conselho Regional de Medicina: analisar a conduta da equipe médica e enviar resposta em até 40 dias.
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Hospital de Doenças Tropicais (HDT-UFT): revisar prontuário, atestado de óbito e documentos da paciente, apontando falhas e propondo melhorias na assistência, com prazo de 20 dias.
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Vigilância Sanitária Estadual: apurar sistematicamente o caso, identificar possíveis falhas no atendimento e sugerir medidas preventivas, também em 20 dias.
O procedimento é conduzido pela promotora Bartira Silva Quinteiro Rios.


Ministério Público abriu investigação para apurar caso após denúncia que aponta demora injustificável no atendimento - Crédito: Divulgação 


