Os profissionais da educação da rede municipal de Araguaína decidiram entrar em estado de greve nesta terça-feira, 21, em protesto contra o Projeto de Lei enviado pelo prefeito Wagner Rodrigues (União) à Câmara Municipal, que altera o atual Plano de Carreira do Magistério. A decisão foi tomada durante uma assembleia que resultou na ocupação do plenário da Câmara pelos educadores.
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“RETROCESSO SEM PRECEDENTES”
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) Regional de Araguaína, o projeto representa um “retrocesso sem precedentes” e ameaça conquistas históricas da categoria, como progressão funcional, valorização por tempo de serviço e reconhecimento do mérito profissional.
“Não se trata apenas de um plano de carreira. É o respeito à história da educação de Araguaína”, afirmou a presidenta do Sintet, Rosy Franca, reforçando que a mobilização seguirá até que o projeto seja revisto.
CATEGORIA MANTÉM ALERTA E MOBILIZAÇÃO
O Sintet e os conselhos de educação informaram que a categoria permanece em estado de alerta permanente, acompanhando a tramitação do projeto na Câmara e convocando a sociedade para apoiar a defesa da valorização docente e da escola pública de qualidade.
PREFEITURA AFIRMA QUE PROPOSTA MANTÉM DIREITOS
Em nota, a Prefeitura de Araguaína informou que monitora o impacto da greve em creches e escolas municipais e busca garantir o funcionamento normal das unidades. O Município destacou que a proposta do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) mantém os direitos de progressão e outros benefícios, conciliando-os com a realidade financeira da cidade.
HORA-ATIVIDADE E PCCR ADMINISTRATIVO
Sobre a implementação do 1/3 da hora-atividade, a prefeitura afirmou que acolheu a demanda da categoria e propôs o início do novo regime em janeiro de 2026, para não prejudicar o calendário e as avaliações escolares deste ano. Já em relação ao PCCR dos servidores administrativos da Educação, informou que o tema será incluído no PCCR do Quadro Geral, que será tratado após a aprovação do plano do magistério.
GESTÃO DESTACA INVESTIMENTOS RECENTES
O Executivo municipal ainda ressaltou que os investimentos na Educação nos últimos quatro anos foram “os maiores da história da cidade”, com a abertura e ampliação de escolas, aquisição de novos materiais didáticos, instalação de ar-condicionado em todas as unidades e melhoria nas condições de ensino. Segundo a prefeitura, o salário dos professores municipais é atualmente o terceiro maior do Brasil.
A prefeitura de Araguaína emitiu nota sobre o caso:
A Prefeitura de Araguaína Informa que monitora o impacto da greve em todas as creches e escolas municipais e que trabalha para garantir o funcionamento normal de todas as unidades.
O Município sempre foi transparente e receptivo às demandas da categoria, por isso enviou à Câmara de Vereadores, no último dia 10 de outubro, a nova proposta do PCCR (Plano de Cargo, Carreira e Remuneração) do Magistério, assegurando os direitos de progressão e outros benefícios, e conciliando com a realidade financeira e capacidade de pagamento do Município.
A respeito da implementação do 1/3 da hora atividade dos profissionais do magistério, a prefeitura ressalta que acolheu a demanda e apresentou ao sindicato um estudo de impacto no atual ano letivo. Diante disso, foi proposto que os novos períodos para planejamento e livre docência dos professores efetivos tivessem início em janeiro de 2026, como forma de assegurar o bom andamento das aulas e avaliações educacionais previstas ainda para este ano.
Sobre o PCCR dos servidores administrativos da Educação, a prefeitura esclarece que a categoria será contemplada dentro do PCCR do Quadro Geral, que será o próximo a ser trabalhado pelo Município após a aprovação do PCCR do Magistério.
Nos últimos quatro anos, os investimentos na Educação foram um dos maiores na história da cidade, com abertura de novas escolas, ampliação e reestruturação de outras, novos materiais didáticos, equipamentos de lazer, ar-condicionado em todas as unidades, inclusive na zona rural, entre outros melhorias. O salário atualmente pago para os professores da rede municipal é o terceiro maior do Brasil, melhor, inclusive, do que salários de escolas particulares.


Mobilização da categoria pressiona vereadores e denuncia que o projeto do Executivo ameaça conquistas históricas da educação municipal - Crédito: Divulgação 


