Animal foi abandonado em uma chácara sem água nem comida - Crédito: FACIT / Fiscalização Ambiental

Um caso de crueldade contra um cão gerou comoção e revolta em Araguaína. O animal, vítima de abandono e negligência, foi encontrado em estado grave, deitado no chão, sem água, coberto por moscas e formigas. Apesar de ter sido resgatado e encaminhado para tratamento, ele não resistiu.

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A situação foi descoberta após denúncia feita por uma clínica-escola veterinária à Coordenação Municipal da Causa Animal. O cão havia sido internado para cuidados, mas, após 35 dias, foi retirado pelo tutor sem autorização médica, sem quitar despesas e sem concluir o tratamento. Desde então, as tentativas de contato com o responsável foram ignoradas.

INVESTIGAÇÃO LEVOU FISCAIS AO LOCAL

As investigações levaram os fiscais até uma chácara, onde o animal foi encontrado em condições degradantes. Um médico-veterinário confirmou a gravidade do quadro e acionou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que diagnosticou leishmaniose.

Diante da situação, a Prefeitura registrou Boletim de Ocorrência e encaminhará denúncia ao Ministério Público do Tocantins, além de aplicar penalidades administrativas previstas em lei.

CRIME E PENALIDADES

O crime de maus-tratos está previsto na Lei Federal nº 9.605/1998, com pena de dois a cinco anos de prisão, multa e proibição de guarda de animais. O abandono também é crime ambiental, sujeito às mesmas penalidades.

IMPORTÂNCIA DAS DENÚNCIAS

A coordenadora municipal da Causa Animal, Alessandra Alves, reforça que maus-tratos não se resumem à agressão física. “Incluem manter o animal preso sem mobilidade, deixá-lo exposto ao sol, não oferecer atendimento veterinário, ou privá-lo de comida e água. É fundamental que a população denuncie para que possamos agir”, destacou.

A Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Agricultura, Meio Ambiente e Turismo (Sedemat) conta com veterinário, biólogo e técnico para atendimento dessas ocorrências.

COMO DENUNCIAR

As denúncias podem ser anônimas e devem apresentar endereço ou localização, fotos ou vídeos que comprovem a situação. Os registros podem ser feitos presencialmente na sede da Prefeitura, na Avenida Marginal Neblina, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Também é possível denunciar pelos telefones:

• Fiscalização Ambiental: (63) 99976-7337

• Polícia Civil: (63) 3411-7301