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PESQUISA CIENTÍFICA

Astrazeneca anuncia novo tratamento que reduz risco de Covid sintomática

20 agosto 2021 - 10h36Por Meio Norte

O grupo farmacêutico AstraZeneca anunciou nesta sexta-feira (20) resultados promissores de um tratamento anticovid-19, que reduz-se em 77% o risco de desenvolver uma forma sintomática, conforme os dados da fase 3, a qual corresponde a testes clínicos em grande escala projetados para medir sua segurança e eficácia.

A AstraZeneca indica, inclusive, que não houve casos graves de covid-19, ou morte. O resultado permite de maneira significativa o risco de desenvolver uma forma sintomática da doença em pacientes com condições frágeis.

Este tratamento com anticorpos (AZD7442) não havia se mostrado eficaz em pessoas já expostas ao vírus. Mas, ao administrá-lo em um paciente antes do contato com o vírus, os resultados apareceram, disse a AstraZeneca em um comunicado.

Destes ensaios, realizados na Espanha, na França, na Bélgica, no Reino Unido e nos Estados Unidos, participaram 5.197 pessoas. Deste universo, 75% apresentavam comorbidades. O tratamento foi administrado por via intramuscular.


 
"Com esses resultados tremendos, o AZD7442 pode ser uma ferramenta importante no nosso arsenal para ajudar as pessoas que possam precisar de mais do que uma vacina para recuperar uma vida normal", afirmou Myron Levin, professor da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, responsável pelos testes.

"Precisamos de outras abordagens para pessoas que não estão bem protegidas pelas vacinas anticovid-19", acrescentou Mene Pangalos, um alto funcionário da AstraZeneca, que prometeu divulgar dados adicionais sobre os testes até o final do ano. 

 
O laboratório especifica que enviará uma solicitação às autoridades sanitárias para obter sua aprovação para uso emergencial, ou uma validação nas condições do tratamento, cujo desenvolvimento é financiado pelo governo dos Estados Unidos.

A AstraZeneca foi, também, uma das primeiras a validar sua vacina contra a covid-19.

Eficácia com variantes

Um estudo da da Universidade de Oxford divulgado ontem revelou que a vacina da Pfizer/BioNtech é mais eficaz para combater infecções relacionadas com a variante delta do coronavírus, mas sua eficácia diminui mais rápido do que a da vacina da Oxford/AstraZeneca.

E a análise permitiu estabelecer que, para as infecções com carga viral elevada, uma pessoa que recebeu a segunda dose da Pfizer um mês antes estava 90% mais protegida contra a variante delta do que uma pessoa não vacinada. O percentual cai para 85% dois meses depois, e 78%, três meses depois.

A eficácia das duas vacinas é similar, após quatro ou cinco meses, de acordo com o estudo que ainda passa por revisão