Um vídeo que circula nas redes sociais tem causado preocupação entre pais, educadores e profissionais da saúde. Nele, estudantes aparecem encostados em uma parede enquanto colegas comprimem com força o peito deles até que desmaiem por alguns segundos. A prática, que muitos adolescentes veem como uma “brincadeira”, é extremamente arriscada e pode causar sérias consequências à saúde.
O QUE É A “BRINCADEIRA DO DESMAIO”
Conhecida também como “jogo da asfixia”, essa prática consiste em interromper temporariamente o fluxo de oxigênio para o cérebro com o objetivo de provocar desmaios ou sensações de vertigem. Isso pode ser feito de várias formas: pela compressão do peito, estrangulamento com as mãos ou até com a hiperventilação forçada seguida de apneia.
Apesar de parecer inofensiva para quem participa ou assiste, essa ação é perigosa e pode ter efeitos graves e até fatais.
QUAIS SÃO OS RISCOS?
Especialistas alertam que, ao cortar o fornecimento de oxigênio ao cérebro, há risco real de:
• Paradas cardíacas ou respiratórias
• Convulsões e traumatismos cranianos devido à queda
• Danos cerebrais permanentes
• Morte súbita, mesmo na primeira tentativa
Essas consequências podem acontecer mesmo com pessoas aparentemente saudáveis. O risco aumenta com a repetição ou quando os envolvidos não sabem como agir em caso de emergência.
POR QUE ADOLESCENTES ENTRAM NESSA?
O envolvimento em práticas perigosas como essa pode ter diversas motivações: a pressão dos colegas, o desejo de se enturmar, a busca por adrenalina ou até a curiosidade em experimentar algo “diferente”. O problema é que muitos adolescentes não têm consciência dos riscos e tratam o ato como uma simples brincadeira.
O QUE PAIS E ESCOLAS DEVEM FAZER
A melhor forma de evitar que essa prática se espalhe é por meio da informação e do diálogo. Veja algumas orientações:
• Converse com os adolescentes sobre os riscos reais da brincadeira
• Explique o que acontece com o corpo ao interromper a respiração
• Fique atento a comportamentos estranhos, dores de cabeça, tonturas ou marcas no pescoço
• Estimule a denúncia anônima nas escolas para prevenir novos casos
• Promova rodas de conversa e palestras sobre segurança e saúde
A IMPORTÂNCIA DE AGIR RÁPIDO
Casos como esse reforçam a necessidade de escolas e famílias se manterem vigilantes. O acesso irrestrito às redes sociais e aos desafios virais faz com que comportamentos perigosos se espalhem com facilidade. Quanto mais cedo o assunto for tratado com clareza e seriedade, menores os riscos para os jovens.


Apesar de parecer inofensiva para quem participa ou assiste, essa ação é perigosa e pode ter efeitos graves e até fatais. - Crédito: Divulgação 


