Salário é referência para 59,3 milhões de pessoas - Crédito: Marcello Casal JrO governo federal propôs um salário mínimo de R$ 1.631 para 2026, um aumento de R$ 113 em relação ao valor atual (R$ 1.518). A estimativa está no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enviado ao Congresso nesta sexta-feira (29).
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REAJUSTE SERÁ DE 7,44% E COMEÇA EM JANEIRO
Caso confirmado, o reajuste será aplicado a partir de janeiro, refletindo no pagamento de fevereiro. A alta representa 7,44% em relação ao valor vigente. O novo mínimo superou a projeção feita em abril, quando a previsão era de R$ 1.630.
VALOR DEFINITIVO SERÁ DIVULGADO EM DEZEMBRO
O valor oficial só será conhecido em dezembro, quando será calculado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro, utilizado como base de correção.
Pela lei de valorização do salário mínimo, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o reajuste combina dois indicadores:
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inflação medida pelo INPC em 12 meses até novembro;
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crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores – neste caso, 3,4% em 2024.
REFERÊNCIA PARA QUASE 60 MILHÕES DE PESSOAS
Segundo o Dieese, o salário mínimo serve como referência para cerca de 59,9 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais, aposentados e beneficiários do BPC.
O impacto vai além dos salários diretos, influenciando benefícios previdenciários, abono salarial e seguro-desemprego, além de elevar o poder de compra e movimentar a economia.
IMPACTO NAS CONTAS PÚBLICAS
Com o aumento, crescem também as despesas obrigatórias da União. A cada R$ 1 de aumento no mínimo, o gasto federal sobe cerca de R$ 430 milhões ao ano. Assim, os R$ 113 adicionais devem gerar bilhões em custos extras para o governo, reduzindo a margem para investimentos e despesas discricionárias.
